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Idosa de 90 anos é achada viva em necrotério de SC após ser dada como morta pelos médicos

Paciente morreu dois dias depois de retornar a um dos leitos da unidade de saúde por choque séptico, provocado por sepse

Cidades|Do R7

Hospital fica na cidade de São José, em Florianópolis
Hospital fica na cidade de São José, em Florianópolis

Uma idosa de 90 anos foi encontrada viva em um necrotério da cidade de São José, na Grande Florianópolis, em Santa Catarina, horas depois de o hospital onde ela estava internada tê-la declarado morta, no último sábado (25).

Após a constatação do falso óbito, Norma Silveira da Silva voltou a ser hospitalizada, mas morreu na madrugada de segunda-feira (27).

Quem percebeu que a vítima ainda estava viva foi o funcionário de um crematório, que foi ao necrotério buscar o cadáver. Ele notou que o corpo da idosa estava quente e ainda não estava rígido.

A cuidadora Jéssica Silvi Pereira, de 30 anos, amiga de Norma, relatou que a vítima deu entrada no Hospital Regional de São José Doutor Homero de Miranda com a saúde bastante debilitada. A idosa teria sido levada para a sala de reanimação.


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"No sábado à tarde, eu fui visitá-la, e ela abriu o olho. Não tinha muitos estímulos, mas conseguiu abrir o olho e viu que estávamos ali", conta a amiga. No sábado à noite, ela e um filho da idosa receberam a notícia de que ela tinha morrido.

Na declaração de óbito emitida pelo hospital, e à qual a reportagem teve acesso, consta que Norma Silveira da Silva teria morrido por "infecção do trato urinário". Segundo Jéssica, o corpo da vítima foi enviado para o necrotério sem que a família pudesse ver a idosa.

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Foi aí que o funcionário do crematório suspeitou, abriu o saco que envolvia a idosa e percebeu que ela estava respirando.

Após ser hospitalizada novamente, Norma morreu, no começo da madrugada de segunda-feira. A segunda declaração de óbito emitida pela unidade aponta como causa de morte "choque séptico", provocado por "sepse com foco indefinido".

Jéssica diz que ela e a família não tiveram explicações claras sobre a morte de Norma por parte dos médicos.

Procurados, o Hospital Regional de São José Doutor Homero de Miranda e a Secretaria da Saúde de Santa Catarina não haviam se manifestado sobre o caso até a publicação deste texto.

O Conselho Regional de Medicina do Estado catarinense afirmou que "tomou conhecimento da situação e vai instaurar procedimento adequado para acompanhar o caso".

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