Indústrias ampliam uso de tecnologias digitais, mas sofrem sem mão de obra qualificada
Pesquisa do IBGE mostra recuo no teletrabalho e consolidação de medidas de cibersegurança
Cidades|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília
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Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Das 10.167 empresas com 100 ou mais empregados, 89,1% (9.054) utilizaram em 2024 ao menos uma tecnologia digital avançada, como inteligência artificial, computação em nuvem, big data, internet das coisas, robótica e manufatura aditiva. A computação em nuvem foi a mais adotada, presente em 77,2% das empresas, seguida por internet das coisas (50,3%) e inteligência artificial (41,9%), que mais que dobrou em relação a 2022.
Os dados são da Pintec (Pesquisa de Inovação) Semestral 2024: “Tecnologias digitais avançadas, teletrabalho e cibersegurança”, divulgada nesta quarta-feira (24) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O estudo mostra que as empresas estão combinando mais recursos. Em 2024, 13,6% usaram entre cinco e seis tecnologias, contra 9,8% dois anos antes.
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Benefícios e entraves
Praticamente todas as companhias que adotaram tecnologias digitais avançadas relataram ganhos (97,9%). Os principais foram: aumento da eficiência (90,3%), maior flexibilidade nos processos (89,5%) e melhora no relacionamento com clientes e fornecedores (85,6%).
A entrada em novos mercados, embora menos frequente, foi citada por 43,8%.
A estratégia das próprias empresas foi o fator mais relevante (88,6%) para adoção de tecnologias digitais avançadas. Já entre os obstáculos, destacam-se a falta de pessoal qualificado (60,6%), os altos custos (74,3%) e a ausência de necessidade percebida (54%).
Teletrabalho em queda
A pesquisa mostra ainda uma redução do teletrabalho. Em 2024, 42,9% das empresas industriais adotaram a modalidade, abaixo dos 47,8% registrados em 2022.
A prática é mais comum em funções administrativas (94,6%) e comerciais (85%), enquanto na produção está presente em 35,5%.
Cibersegurança consolidada
Segundo o levantamento, a segurança da informação está disseminada. Ao todo, 85,7% das empresas industriais com 100 ou mais empregados adotaram alguma medida em 2024.
O uso de antivírus foi praticamente universal (98,4%), seguido por controle de acesso à rede (95,7%), atualização de software (95,3%) e backup (94,9%).
Em contrapartida, campanhas educativas e treinamentos de funcionários ficaram em 55,9%.
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