A Defesa Civil de Maceió informou que o deslocamento vertical acumulado do solo ao redor da mina 18 da Braskem já atingiu uma profundidade de 1,77 metro, mas a velocidade do afundamento caiu de 0,7 cm para 0,25 cm por hora. Por isso, segundo o Ministério de Minas e Energia, a situação está estabilizada, e, caso haja o colapso de uma mina, ele ocorrerá de forma localizada, e não generalizada. "Observa-se estabilização da situação, com redução do ritmo de subsidência do terreno e redução da probabilidade de deslocamentos de terra de larga escala", diz o relatório. Não houve registro de novos abalos sísmicos na mina número 18. No sábado (2) e na sexta-feira (1º) dois tremores foram detectados a 300 metros de profundidade, o primeiro de magnitude 0,39 e o segundo, de 0,89. O risco de colapso na região ainda é iminente, e a Defesa Civil permanece em alerta máximo. A recomendação é que a população não transite nas áreas desocupadas até uma nova atualização da situação. Famílias precisaram deixar a região do bairro de Mutange, em Maceió (AL), devido ao risco de uma mina da Braskem colapsar e o solo ceder. Os primeiros danos ocorreram em fevereiro de 2018 e atingiram parte das ruas do bairro. Na ocasião, mais de 55 mil pessoas precisaram deixar as suas casas. Agora, o rompimento de uma das minas de sal-gema exploradas pela empresa deixou a situação ainda pior. A extração de sal-gema ocorre em 35 poços abertos na cidade. A preocupação é que o desabamento possa ocasionar grandes crateras, além de tremores. O efeito cascata de rompimento de solos em outras regiões também é uma possibilidade. Cinco abalos sísmicos foram registrados no bairro de Mutange somente no mês de novembro.'Sonhos destruídos': veja imagens de bairro evacuado por risco iminente de colapso