Maceió: mais cinco bairros afetados por mina serão desapropriados, e região pode virar parque
Segundo o governador de Alagoas, território que pertencia à Braskem será transformado em homenagem aos moradores
Cidades|Isabelle Amaral, do R7

Mais cinco bairros de Maceió, que hoje pertencem à Braskem e correm o risco de colapsar devido aos danos causados pela mineração, serão desapropriados, conforme afirmou o governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), durante uma live neste domingo (10).
Segundo Dantas, a região vai se tornar um parque estadual. "Será em respeito à memória de todos que moraram ali, que têm histórias e boas recordações nesses bairros atingidos pelo crime da Braskem", disse.
Com a desapropriação, os bairros de Mutange, Bom Parto, Bebedouro, Pinheiro e Farol voltam a pertencer a órgãos públicos.
O governador informou ainda que há uma reunião marcada para as 8h desta segunda-feira (11) com prefeitos de diversas cidades do estado, bem como técnicos e geólogos, para discutir soluções que possam reduzir os impactos ambientais causados pela empresa petroquímica.
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Moradores e comerciantes da região que precisaram deixar os seus imóveis devido ao risco de colapso também devem participar da reunião para saber como a Braskem deve indenizá-los.
O IMA (Instituto do Meio Ambiente) foi acionado pelo governo estadual para uma análise de danos ambientais causados pelo rompimento da mina.
O R7 pediu um posicionamento à Braskem sobre a desapropriação dos bairros, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto caso a empresa decida se manifestar.
4. Como é feita a mineração? Um poço é perfurado até o sal. Lá, um buraco de cerca de 7 metros de diâmetro é aberto. Bombas mandam água para a camada mais profunda e, pela pressão, fazem a mistura com o sal-gema voltar pelo poço e chegar à superfície. ...
4. Como é feita a mineração? Um poço é perfurado até o sal. Lá, um buraco de cerca de 7 metros de diâmetro é aberto. Bombas mandam água para a camada mais profunda e, pela pressão, fazem a mistura com o sal-gema voltar pelo poço e chegar à superfície. Na tentativa de estabilizar o terreno, após a extração os buracos são preenchidos com uma pasta de areia, e os poços são cobertos por cimento. No entanto, o professor de geologia da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) Mário Ferreira, entrevistado pela Record, explica que, como a densidade do sal e a da areia são diferentes, a tendência é que o terreno se desloque e "sofra um colapso"









