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Mãe de menina morta na ZL chora ao ver suspeito em reconstituição

Adriana de Jesus reconheceu o vizinho durante reconstituição do crime

Cidades|Gustavo Basso, do R7

Marcelo (de frente, com colete da policia) confessou o crime
Marcelo (de frente, com colete da policia) confessou o crime Marcelo (de frente, com colete da policia) confessou o crime

Do alto da laje de uma casa na favela da Vila Jacuí, Adriana Severo de Jesus chorava e xingava o ex-vizinho Marcelo Pereira de Souza, assassino confesso da sua filha Adrielly Mel Severo Porto, a Mel, e da amiga Beatriz Moreira dos Santos, a Bia, ambas de três anos.

Pais ficaram em uma laje acompanhando reconstituição
Pais ficaram em uma laje acompanhando reconstituição Pais ficaram em uma laje acompanhando reconstituição

Souza foi levado ao local pela Policia Civil para reconstituir o crime, cometido no dia 24 de setembro, e descoberto pela polícia em 12 de outubro, dia das crianças.

"Eu nao lembrava dele, mas quando vi a cara, e o pessoal foi me falando 'ele morava ali no beco de cima' é que foi caindo a ficha. Ele teve gêmeas quando eu ainda estava de resguardo da minha menina [Mel]. E ele faz uma maldade dessas", diz ela chorando, logo após Souza deixar a casa de Everaldo de Jesus Santos, o Val, também detido sob suspeita de envolvimento no crime e também vizinho de Adriana.

"E pensar que eu ajudei a matar a fome dele, ajudei, deixando de dar um pouco mais para os meus meninos", reclama.

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Esquema de segurança

Helicóptero da Polícia Civil sobrevoa a área
Helicóptero da Polícia Civil sobrevoa a área Helicóptero da Polícia Civil sobrevoa a área

Um forte aparato de segurança foi montado pelo DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa) para garantir a segurança de Marcelo, único dos suspeitos a participar da reconstituição do crime.

Cerca de 30 policiais de diferente setores do DHPP afastavam os moradores das diferentes cenas do crime. Um helicoptero da Policia Civil sobrevoou a favela a poucos metros de altura durante as mais de duas horas de reconstituição.

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Moradores da comunidade se amontoavam nas lajes para observar a reconstituição e poder ver Marcelo aos gritos de "assassino" e "queremos justiça".

Policiais continham os ânimos dos mais exaltados. "Cala a boca ai, quer ficar inflamando?", ordenou um agente a um vizinho do terreno onde as meninas foram encontradas dentro de um veiculo Fiat Fiorino.

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"Essa reconstituição dá mais trabalho por causa do espaço da comunidade, por ter diferentes locais que precisamos revisar. Então não dá para isolarmos a área. Além da quantidade de gente que veio por causa da repercussão do caso", comenta o delegado Arlindo José Negrão Vaz, divisionário de homicídios do DHPP.

"A reconstituição serviu para reforçar as conviccoes que tinhamos a partir da investigação", comentou a delegada Ana Paula Rodrigues, responsável pelo caso.

Além de Marcelo e de Val, a polícia suspeita que Thiago Henrique Moreira dos Santos, tio de Beatriz, possa ter envolvimento no caso. A delegada afirmou que até o momento a única evidencia que o liga ao crime é a blusa de uma das meninas suja com seu semen. Parentes de Thiago o defendem. Eles dizem que o suspeito tinha o hábito de se limpar com roupas que estavam pela casa após manter relações com sua mulher.

O caso

Meninas foram mortas em setembro
Meninas foram mortas em setembro Meninas foram mortas em setembro

Beatriz Moreira dos Santos e Adrielly Mel Severo Porto, ambas de 3 anos, desapareceram na região da Vila Jacuí, zona leste, em 24 de setembro. Duas semanas depois, elas foram encontradas mortas em uma van estacionada dentro de um terreno na região.

Durante as investigações, a polícia concluiu que as crianças foram violentadas e assassinadas no mesmo dia em que desapareceram. Marcelo Pereira de Souza, que confessou o crime após o depoimento da mulher, e Everaldo de Jesus Santos, conhecido como Val, foram presos no último dia 20.

Antes, a dupla havia sequestrada de torturada por suspeitos de integrar a facção criminosa PCC, que desconfiavam dos dois.

A polícia, no entanto, ainda aguardava exame de DNA para concluir o inquérito. A reconstituição do crime deve ocorrer na manhã desta quinta-feira (16).

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