A Polícia Civil investiga a morte de Sophia de Jesus, de apenas dois anos, por supostas agressões provocados pela mãe a pelo padrasto, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Na semana passada, a menina deu entrada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Doutor Walfrido Arruda já sem vida e com várias lesões pelo corpo.
Na delegacia, a mãe confessou que batia na filha como uma forma de correção. O laudo do Instituto Médico Legal, inclusive, apontou que Sophia rompeu a coluna cervical e teve hemorragia.
Jean Carlos Ocampo, pai de Sophia, chegou a denunciar os episódios de agressão, quando viu as marcas pelo corpo da filha. Ele também tentou pedir a guarda da menina à Defensoria Pública, mas não obteve sucesso.
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"É um negócio muito complicado. Você vai em um canto e manda para outro, e para outro. Não tem para onde você correr, não tem para onde você fugir, cada um fala uma coisa", critica Jean sobre a burocracia do órgão à Record TV.
Um levantamento da SMS (Secretaria Municipal de Saúde) também constatou que por mais de 30 vezes Sophia passou por atendimentos em Unidades Básicas de Saúde em um curto espaço de tempo. Os registros chamaram a atenção da polícia, por isso os médicos, enfermeiros e funcionários da assistência social estão sendo ouvidos pela investigação.
A polícia Civil e a Prefeitura de Campo Grande querem descobrir se houve desatenção ou até mesmo omissão dos funcionários em não levar o caso ao conhecimento do Conselho Tutelar - que afirmou não ter recebido nenhuma notificação da rede de saúde sobre Sophia.