Logo R7.com
RecordPlus
Notícias R7 – Brasil, mundo, saúde, política, empregos e mais

Maioria dos trabalhadores por aplicativo atua por conta própria e sem registro, mostra IBGE

Pesquisa revela alta informalidade e baixa contribuição previdenciária entre motoristas e entregadores no país

Cidades|Do R7, em Brasília

  • Google News
Boa tarde dos trabalhadores por aplicativo não contribuem com o INSS Paulo Pinto/Agência Brasil/Arquivo

A PNAD Contínua 2024, divulgada pelo IBGE, mostra que o trabalho por aplicativo no Brasil tem rosto de autônomo e realidade informal. De acordo com o levantamento, 86,1% dos trabalhadores plataformizados atuam por conta própria, enquanto 7,1% são empregados e 6,1% se declaram empregadores.

Entre os assalariados, a maioria não conta com registro em carteira — 3,9% sem carteira contra 3,2% com carteira assinada.


Trabalhadores que atuam por conta própria dominam plataformas Luce Costa/Arte R7
Informalidade ainda é regra entre quem trabalha com plataformas Luce Costa/Arte R7

A pesquisa indica um contraste marcante com o setor privado em geral, onde 43,1% dos ocupados têm carteira de trabalho e 28,1% exercem atividades por conta própria.

O IBGE aponta que o modelo adotado pelas plataformas digitais não prevê vínculos diretos com os prestadores de serviço, embora exista dependência econômica evidente entre os profissionais e as empresas de aplicativo.


Informalidade domina o setor

O estudo revela alta informalidade entre motoristas, entregadores e prestadores de serviços digitais. Em 2024, 71,1% dos trabalhadores plataformizados estavam fora do sistema formal, enquanto entre os não plataformizados o índice chegou a 43,8%.

O cenário é mais crítico no Nordeste (87,7%) e no Norte (84,9%), e mais controlado no Centro-Oeste (61%).


A informalidade reflete-se também na ausência de contribuição previdenciária. Apenas 35,9% dos trabalhadores por aplicativo contribuem para o INSS, número distante dos 61,9% observados entre os ocupados em outros tipos de atividade.

O quadro se agrava na Região Norte, onde só 15,4% contribuem, enquanto no Sul o índice supera 50%.


O contingente de trabalhadores por aplicativo chegou a 1,7 milhão no terceiro trimestre de 2024, um aumento de 25,4% em relação a 2022. O grupo representa 1,9% da população ocupada no setor privado.

A maior parte atua com transporte de passageiros (53,1%) e entregas (29,3%), seguidos por serviços gerais (17,8%) e aplicativos de táxi (13,8%).

Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp

Últimas


    Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.