Marido de fisiculturista morta tinha sinais de luta no corpo, diz polícia
Delegado acredita que, durante briga, ela possa ter se defendido
Cidades|Do R7
Um exame de corpo de delito feito por Alexandre Paes, no IML (Instituto Médico Legal) de Natal (RN), logo após a morte da mulher dele, a fisiculturista Fabiana Paes, de 36 anos, mostrou que ele tinha sinais de luta, como escoriações nos braços. A afirmação foi feita pelo delegado Frank Albuquerque, responsável pelo caso. Ele acredita que ela foi assassinada.
— Todas as provas indicam neste sentido. A gente aguarda os laudos, mas tudo mostra que sim.
O delegado aguarda a conclusão dos exames feitos no corpo de Fabiana, mas o legista já havia antecipado para ele que a atleta foi morta por esganadura. Na versão contada por Alexandre, ela teve um ataque cardíaco no dia 28 de dezembro e caiu no box do banheiro do hotel onde eles estavam de férias. A fisiculturista passou cinco dias em um hospital, em coma, até morrer, no dia 2 de janeiro.
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Ainda de acordo com Albuquerque, a mulher pode ter tentado se defender durante uma suposta briga.
— Certamente ela lutou, porque ninguém morre de graça. Ela era muito forte. A gente também quer saber se ela estava sedada. Mas isso é difícil ver, porque o exame foi feito no corpo dela cinco dias depois do ataque. Muitas drogas desaparecem do organismo neste período.
O laudo patológico deve confirmar ou desmentir a versão de Alexandre, sobre o ataque cardíaco. Somente após receber o documento o delegado vai indiciar o marido.
— Eu espero os laudos para dizer que ela realmente foi assassinada. Como não existe mais um suspeito e nenhuma prova de que havia uma terceira pessoa lá dentro, ele [Alexandre] poderá ser indiciado por homicídio qualificado.
Caso seja indiciado, a polícia não deve pedir a prisão de Alexandre. Isso porque ele tem bons antecedentes, seria réu primário e tem endereço fixo.
— Neste caso a gente não pede a prisão, só se houver algum motivo futuro, como tentativa de fuga.
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Briga no quarto
A versão de uma briga entre o casal no quarto pode ser confirmada com o depoimento de um funcionário do hotel, previsto para quarta-feira (9). Ele teria ouvido a discussão e depois silêncio.
A afirmação já tinha sido feita pela mãe da atleta, Itália Caggiano, durante o enterro de Fabiana. A polícia de São Paulo também deve colher, novamente, os depoimentos da mãe e da irmã.
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