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Metade da população de 33 cidades não tem acesso à internet; 32 estão no Norte

Entre os 10 municípios com maiores percentuais de acesso domiciliar à internet em 2022, oito se localizavam em Santa Catarina

Cidades|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília

Em 2022, 89,4% dos brasileiros residiam em domicílios com acesso à internet Álvaro Henrique /Secretaria de Educação do DF

Em 2022, mais da metade da população de 33 municípios brasileiros não tinha acesso à internet. Desse total, 32 se localizavam na região Norte. Os dados são do “Censo Demográfico 2022 - Características dos domicílios”, divulgado nesta quinta-feira (12) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A pesquisa mostra que a média nacional de brasileiros com acesso à internet em casa é de 89,4%.

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Entre as unidades da Federação, esse indicador variou entre 75,2% no Acre e 96,2% no Distrito Federal. Em nenhum munícipio, a totalidade da população residia em domicílios com acesso domiciliar à internet.

O estudo revela que, em um conjunto de 179 municípios, a proporção de acesso domiciliar à internet superava 95% da população. Desse total, 98 cidades estavam localizadas na região Sul.

Segundo o Censo 2022, entre os 10 municípios com maiores percentuais de acesso domiciliar à internet, oito se localizavam em Santa Catarina. Entre as cidades com mais de 100 mil habitantes, a maior proporção foi registrada em Balneário Camboriú (SC), com 97,3%, e a menor em Breves (PA), com 51,1%.


Imóvel próprio

A pesquisa também mostrou que sete em cada dez brasileiros viviam em imóveis próprios em 2022. Ao todo, 146,9 milhões de pessoas moravam em domicílios próprios, representando 72,7% da população. Esse índice leva em conta imóveis já quitados ou herdados — que correspondiam a 63,6% da população — e 9,1% de domicílios próprios com o pagamento ainda em andamento.

Em todas as regiões, a maioria da população residia em domicílios próprios sem financiamento pendente. A maior proporção foi registrada no Norte, com 72,1% da população. Já o Centro-Oeste aparece como a região com o maior índice de população morando em imóveis ainda sendo pagos.


“Os domicílios próprios (com ou sem financiamento pendente) apresentaram crescimento da participação entre 1980 e 2000, passando de 64,6% para 76,8%, mas apresentaram declínio nas décadas seguintes, até alcançar os 72,7% verificados em 2022 — uma proporção ainda 8,1 pontos percentuais acima do registrado em 1980″, explica a pesquisa.

20,9% dos brasileiros vivem de aluguel

Em 2022, 42,2 milhões de brasileiros moravam em imóveis alugados. O número representa 20,9% do total de moradores de domicílios particulares permanentes. Em 22 anos, houve uma alta de 8,6 pontos percentuais no número de pessoas vivendo nesse tipo de imóvel.


O número de domicílios alugados era de 16,1 milhões, representando 22,2% do total de domicílios particulares permanentes.

Segundo o estudo, o Centro-Oeste concentrava o maior índice de pessoas que viviam em imóveis alugados. Ao todo, 26,7% dos moradores dessa região moravam em domicílios desse tipo. A condição de ocupação foi mais comum no Distrito Federal (30,1%) e mais rara no Piauí (9,8%).

Entre os municípios com mais de 100 mil habitantes, a maior proporção da população residindo em domicílios alugados foi registrada em Balneário Camboriú (SC), com 45,2%, e a menor, em Cametá (PA), 3,1%.

O levantamento mostra que, em apenas um município brasileiro, Lucas do Rio Verde (MT) mais da metade da população residia em domicílios alugados (52%).

Os imóveis alugados eram consideravelmente mais comuns nas residências com presença de crianças e onde havia apenas uma pessoa de 15 anos ou mais – 35,8% desses domicílios eram alugados. Tipicamente, essa composição domiciliar é formada por mulheres sem cônjuge e com filhos.

De acordo com o IBGE, a proporção da população residindo em domicílios alugados em 2022 foi de 20% entre as pessoas de cor ou raça amarela, 20,6% entre as pessoas de cor ou raça branca, 20,9% entre as pessoas de cor ou raça parda e 22,4% entre as pessoas de cor ou raça preta. As pessoas de cor ou raça indígena foram o único grupo a apresentar um resultado substancialmente diferente (10,2%).

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