Ministério da Justiça prorroga suspensão de banho de sol de detentos em penitenciárias federais
Unidade segue em 'nível 2' de segurança; medida também limita acesso às dependências, incluindo áreas de inclusão
Cidades|Natália Martins, da RECORD, e Gabriela Coelho, do R7
A direção do Sistema Penitenciário Federal prorrogou até 21 de fevereiro a medida que suspende as visitas sociais e os banhos de sol dos presos em presídios federais. A portaria foi publicada nessa sexta-feira (16). O texto, editado na última quarta-feira (14), limita o acesso às dependências prisionais, incluindo as áreas de inclusão.
A medida foi tomada depois que dois presos da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, conseguiram escapar na madrugada da última quarta-feira (14). Eles se tornaram os primeiros detentos da história a fugir de uma prisão de segurança máxima do sistema prisional federal. Deibson Cabral Nascimento e Rogerio da Silva Mendonça, suspeitos de terem ligações com a facção criminosa CV (Comando Vermelho), no Acre, permaneciam foragidos até o início da tarde desta sexta-feira.
Nesta quinta (15), o Ministério da Justiça e Segurança Pública nomeou o atual coordenador-geral de Classificação e Movimentação de Presos, Carlos Luis Vieira Pires, como o interventor na unidade de segurança máxima.
Como justificava para a ação, o governo cita "a necessidade de esclarecimento dos fatos" que resultaram na fuga e adoação de procedimentos internos. Na prática, a unidade segue funcionando em "nível 2" de segurança.
Quais outras ações o governo federal já tomou?
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandoswski, que não completou ainda um mês à frente da pasta, enfrenta a sua primeira crise no novo cargo.
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O governo acionou a Polícia Federal e pediu ao órgão a inserção dos nomes de Deibson Cabral Nascimento e Rogerio da Silva Mendonça no Sistema de Difusão Laranja da Interpol e no Sistema de Proteção de Fronteiras para que os foragidos sejam procurados pela polícia internacional. De acordo com o governo federal, mais de 100 agentes estão envolvidos nas buscas pelos foragidos.
A portaria do ministério informa que também estão suspensas atividades educacionais, religiosas e laborais. A única exceção é para os atendimentos emergenciais de saúde realizados nas unidades.