Motivação de Lázaro sempre foi patrimonial, afirma secretário
Investigações tentam descobrir se havia mandantes ou coautores nos crimes que o fugitivo cometeu e se rede deu apoio a fuga
Cidades|Do R7, com informações da Record TV
O secretário de Segurança de Goiás, Rodney Miranda, afirmou que a polícia já descartou a hipótese aventada no início da perseguição a Lázaro Barbosa de que ele poderia ter motivações religiosas em seus crimes. "Ele não tinha a motivação que achávamos, algum fundo religioso. A motivação dele é e sempre foi patrimonial, agora os meios eram extremamente cruéis", afirmou Miranda em entrevista ao Cidade Alerta, da Record TV.
De acordo com o secretário, as investigações sobre o caso seguem três vertentes. A primeira delas é esclarecer a rede criminosa da qual, diz Miranda, a polícia tem cada vez mais certeza de que Lázaro fazia parte. "Ele era um executor, uma espécie de jagunço, um segurança em uma rede voltada para benefícios patrimoniais", detalhou o secretário.
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A segunda linha de investigação apura a existência de uma rede que cuidava para que ele continuasse foragido. "Essas duas vertentes, que devem se comunicar, tem que ser esclarecidas, afirmou Miranda. Uma terceira vertente tenta descobrir se Lázaro agiu sozinho ou não nos crimes a ele imputados. A polícia tenta entender se ouve coautores, partícipes ou mandantes. "Temos também a desconfiança de que ele não agiu sozinho. Tinha mais duas ou três pessoas com ele."
Ainda que a motivação, segundo o secretário, fosse assegurar algum ganho patrimonial, traços de Lázaro podem ser notados em cada crime. "Tem a característica dele que essa já está definida, de psicopata, sádico (...) É da personalidade dele, crueldade, levar pra beira do rio, estuprar. Era um sujeito que matou criança, que roubaca, cometia latrocínios, era um psicopata que não agia sozinho e, principalmente q tinha uma motivação era assegurar algum ganho patrimonial."
Há mais de 30 crimes atribuídos a Lázaro em Goiás, no Distrito Federal e na Bahia. Só em Goiás, em outros oito crimes, ele não atuou sozinho, afirmou o secretário.