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‘O Brasil não tem medo de discutir a transição energética’, afirma Lula em cúpula pré-COP30

Presidente ressaltou a importância da participação de países em desenvolvimento em ‘todas as etapas dessa cadeia global de valor’

Cidades|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Lula discursa sobre transição energética na cúpula de líderes da COP30, ressaltando sua importância para o desenvolvimento.
  • Destaca a necessidade de participação de países em desenvolvimento em toda a cadeia global de valor.
  • Aponta o aumento das emissões de carbono como um desafio, apesar dos avanços nas discussões climáticas.
  • A COP30 em Belém do Pará contará com 143 delegações, mas alguns líderes importantes não estarão presentes.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abordou a importância da transição energética durante discurso no segundo dia da cúpula de líderes da COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), nesta sexta-feira (7).

“A transição energética representa um novo paradigma de desenvolvimento e uma grande oportunidade para promover transformações estruturais na sociedade e na economia”, disse Lula.


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O mandatário falou sobre a importância dos minerais críticos, presentes nas chamadas “terras raras”, para a manutenção de alternativas aos combustíveis fósseis, como baterias elétricas e painéis solares.

Lula ressaltou que, “para gerar emprego e renda e gozar de segurança energética, os países em desenvolvimento precisam participar de todas as etapas dessa cadeia global de valor”.


Lula discursou no segundo dia do evento que antecede a COP30 Reprodução/Record News

O presidente brasileiro destacou o contraste entre os avanços do debate climático e os números de emissão de gases de efeito estufa: “Apesar dos avanços, 2024 registrou um novo recorde das emissões de carbono do setor energético, o maior índice desde 1957. Os incentivos financeiros, muitas vezes, vão no sentido contrário ao da sustentabilidade”.

Segundo Lula, instituições financeiras de todo o mundo destinaram US$ 869 bilhões (aproximadamente R$ 4,6 trilhões, na cotação atual) para os setores de petróleo e gás.


Outro ponto que, segundo o presidente, reverteu os esforços pela redução da emissão de gases de efeito estufa foi a reabertura de minas de carvão decorrência do conflito na Ucrânia.

Lula também critica os gastos com armamentos no conflito, investimento que soma o dobro do investimento climático global. “É pavimentar o caminho para o apocalipse climático”, disse o petista.


O presidente ainda sugeriu medidas para combater a pobreza climática, que assola bilhões de pessoas pelo mundo. “Há espaço para explorar mecanismos inovadores de troca de dívidas por financiamento da iniciativa de mitigação climática e transição energética. Direcionar parte dos lucros com a exploração de petróleo para a transição energética permanece um caminho válido para os países em desenvolvimento”, pontuou.

Lula concluiu apresentando compromissos a serem pautados durante a COP30. “Em primeiro lugar, implementar o acordo de Dubai de triplicar a energia renovável e de dobrar a eficiência energética até 2030. Em segundo lugar, colocar a eliminação da pobreza energética no centro do debate e incluir metas de cocção limpa e de acesso à necessidade nos planos climáticos. Em terceiro lugar, aderir ao compromisso de Belém para quadruplicar o uso de combustíveis sustentáveis até 2035 e acelerar a descarbonização dos setores mais desafiadores”, listou.

COP30 em Belém

A partir da próxima segunda-feira (10), os olhos do mundo estarão em Belém do Pará, para a realização da COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima). Com a presença confirmada de 143 delegações no evento e expectativa de 55 mil participantes, a conferência visa buscar novos rumos para o enfrentamento das mudanças no clima do mundo e colocar em prática projetos discutidos nos encontros anteriores.

Com a floresta Amazônica de fundo, o evento traz as lideranças mundiais para um debate sobre transição energética e utilização de combustíveis fósseis, além das metas para evitar que o planeta não ultrapasse o limite de 1,5 °C de aquecimento nos próximos anos. Outro ponto que deve entrar no debate das delegações são as responsabilizações dos entes poluentes e meios de ajuda aos países em desenvolvimento, que mais sofrem com os efeitos das mudanças climáticas.

Apesar de um evento de escala global, a edição deste ano não deve contar com a presença de alguns chefes de Estado, como o americano Donald Trump e seu par argentino, Javier Milei. A ausência dos líderes pode ser vista com preocupação, uma vez que ambos os presidentes vêm tecendo críticas acerca dos papéis de cada país no financiamento de projetos para a mitigação dos avanços das alterações no clima.

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