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Onda de violência em Santa Catarina deve diminuir aos poucos, diz governo

Mesmo com presença da Força Nacional, ataques continuam em cidades do Estado

Cidades|Do Jornal da Record

A presença da Força Nacional de Segurança em Santa Catarina não intimidou a ação dos bandidos. Na última segunda-feira (18), o número de ataques subiu para 111 e, até o momento, são 36 cidades alvos de ataques.

O governo de Santa Catarina informou que já trabalhava com a possibilidade de que os ataques não acabariam imediatamente com a chegada das forças federais. Segundo informações da secretaria de segurança do Estado, o trabalho da Força Nacional será concentrado no sistema penitenciário, uma possível raiz do problema. A polícia acredita que a violência deve diminuir aos poucos.

Para César Grubba, secretário de Segurança Pública de Santa Catarina, a onda de ataques acaba por contaminar também outras pessoas que não estão necessariamente ligadas ao crime organizado.

— Alguns são oportunistas, outros são vândalos que se aproveitam da situação.


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Na madrugada de segunda-feira (18), três homens invadiram a garagem de uma empresa de ônibus em Rio Negrinho, no norte do Estado, e atearam fogo em alguns ônibus. Dois foram totalmente queimados. A câmera de segurança da empresa registrou a ação.

Em Palhoça, uma caminhonete estacionada em uma via foi o alvo da ação de criminosos.


No último fim de semana, quarenta presos apontados como chefes da facção que estaria por trás dos ataques foram transferidos para penitenciárias federais.

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Entenda o caso

Santa Catarina vive a segunda onda de violência dos últimos meses. A primeira foi em novembro do ano passado. Os novos ataques começaram no dia 30 de janeiro. O Estado voltou a registrar ônibus, viaturas das polícias Militar e Civil, e veículos particulares incendiados. Bases da PM e delegacias também foram atacadas com tiros ou coquetéis molotovs.

O número de cidades em Santa Catarina que registraram ataques supostamente feitos por uma facção que atua no Estado já supera o verificado em 2012, ano em que a série de atentados começou.

As ocorrências foram registradas em 34 municípios: Florianópolis, Blumenau, Criciúma, Itajaí, Navegantes, Palhoça, Camboriú, São Francisco do Sul, Tubarão, Laguna, Araquari, Indaial, Brusque, São João Batista, Rio do Sul, São Miguel do Oeste, Içara, Joinville, Gaspar, São José, Ilhota, Balneário Camboriú, Jaraguá do Sul, Maracajá, Chapecó, Bom Retiro, Garuva, São Bento do Sul, Porto União, Imbituba, Guaramirim e Campos Novos, Balneário Rincão e Itapoá.

O motivo teria relação com maus-tratos a detentos, assim como aconteceu em novembro. Um vídeo gravado em um presídio de Joinville mostrou presos sendo torturados por agentes penitenciários.

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