Pará proíbe embarcações com passageiros do Amazonas
Governador Helder Barbalho (MDB) classificou medida como preventiva e justificou como forma de proteger os paraenses
Cidades|Do R7
O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), assinou decreto que proíbe embarcações com passageiros do Amazonas a entrarem no Estado a partir desta quinta-feira (14). Em vídeo divulgado, o governador classificou a medida como preventiva e justificou como uma forma de proteger os cidadãos paraenses de um aumento do número de casos e hospitalizações.
"Queria informar que nós estamos publicando um decreto estadual no dia de amanhã (hoje, quinta) proibindo a circulação de embarcações com passageiros vindos do Amazonas. Essa é uma medida preventiva, fundamental para que possamos evitar a ampliação do contágio dentro do Estado do Pará e, consequentemente, os problemas de saúde em face da pandemia do novo coronavírus", disse Barbalho.
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De acordo com o governador, haverá também monitoramento da Polícia Militar do Estado de embarcações e aeronaves para que se possa cumprir a medida preventiva de restrição.
Veja também: Amazonas confirma 1º caso de paciente reinfectada pela nova variante do coronavírus
O anúncio vem no momento em que o número de sepultamentos em Manaus cresceu 193% em um mês em meio à explosão do número de infectados pelo coronavírus no Amazonas.
Por causa do aumento dos casos de covid-19, o prefeito de Manaus, David Almeida, decretou estado de emergência em Manaus pelo período de 180 dias para conter o avanço da pandemia na capital amazonense.
O Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) havia confirmado na terça-feira (12) a identificação de uma nova linhagem do vírus da covid-19 com origem no Amazonas. A nova cepa brasileira é recente, provavelmente surgida entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021.
Denominada provisoriamente de B.1.1.28 (K417N/E484K/N501Y), a variante do SARS-CoV-2 é a que foi identificada recentemente pelo Japão em quatro viajantes (um homem e uma mulher adultos e duas crianças) que retornaram da região amazônica brasileira em 2 de janeiro. O pesquisador da Fiocruz Amazônia Felipe Naveca disse acreditar que a mutação não seja a única responsável pela aceleração de casos do novo coronavírus no Estado.