PF desarticula esquema de tráfico que teria lucrado R$ 2 bilhões em dois anos
Operação cumpre 32 mandados, sendo 19 de prisão, em Goiás, Minas Gerais, Amazonas, Bahia e no DF
Cidades|Rafaela Soares, do R7, em Brasília
A Polícia Federal desarticulou, nesta terça-feira (17), esquema de tráfico de drogas internacional que teria movimentado mais de R$ 2 bilhões em dois anos. Segundo as investigações, também foram encontrados indícios da prática de crimes violentos, inclusive contra próprios membros da organização.
São cumpridos 32 mandados, sendo 19 de prisão e 13 de busca e apreensão, além do bloqueio das contas de 38 investigados e o cancelamento das atividades de 7 empresas. Os mandados foram expedidos pela 10ª Vara Criminal da Justiça Federal no DF e estão sendo cumpridos em Goiás, Minas Gerais, Amazonas, Bahia e no Distrito Federal.
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As investigações começaram em abril de 2023, com a apreensão de 1,5 toneladas de drogas e cinco fuzis pela Polícia Civil do Amazonas. Segundo a corporação, os entorpecentes seriam enviados para a capital federal.
Procura internacional
Além dos mandados cumpridos no Brasil, a PF solicitou a inclusão de um dos suspeitos na lista vermelha da Interpol. Para a corporação, os alvos da operação de hoje movimentavam os recursos dos suspeitos, inclusive realizando a remessa de valores à Colômbia, onde reside um dos investigados, para pagamento das drogas.
Outro investigado é apontado como um dos líderes de uma facção criminosa na região Nordeste, mais especificamente nos estados da Bahia e de Sergipe.
Outras operações
Esta foi a primeira ação que mirou o grupo. Desde 2023, a corporação já deflagrou três operações para identificar os envolvidos e se deparou com uma complexa rede de empresas de fachada.
Nas operações Rei do Skunk, Fênix e Espelho, deflagradas ao longo do último ano, as investigações conseguiram mapear quase 40 suspeitos, entre gestores financeiros, traficantes e laranjas do grupo, além de ter apreendido armas, munições, drogas e diversos bens de luxo, como relógios e veículos.
Além do tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, há indícios da prática de crimes violentos, inclusive contra próprios membros da organização. Um dos suspeitos, que atuaria como “mula”, teria sido sequestrado e torturado pela liderança do esquema após este suspeitar do desaparecimento de drogas.