PF investiga grupo suspeito de planejar atentados contra candidato a vereador no RS
Investigações mostraram que facção estaria apoiando outra candidata; autor envolvido em um dos atos foi encontrado morto
Cidades|Rafaela Soares, do R7, em Brasília
A Polícia Federal, com o apoio da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, cumpriu 17 mandados de busca e três de prisão em uma operação que investiga a suposta atuação de uma facção criminosa que teria planejado ataques a um candidato a vereador da cidade de Bagé (RS).
Segundo a corporação, a casa da vítima foi invadida em 13 de setembro e, dois dias depois, disparos de arma de fogo foram feitos durante um comício do candidato. Os investigadores acreditam que o grupo estaria apoiando a campanha de uma determinada candidata, por meio do angariamento de votos, da cessão de imóveis para colocação de artigos de campanha, de atividades de segurança, entre outras formas de colaboração.
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As ordens judiciais foram expedidas pela 1ª Vara Criminal de Bagé e estão sendo cumpridas na mesma cidade, além de Santa Maria (RS) e na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas.
As investigações tiveram início após a invasão armada à casa do candidato, que não teve o nome divulgado. “Na ocasião, a vítima e seus familiares sofreram agressões e ameaças dos invasores, cujo teor indicava a possível motivação eleitoral por trás desta conduta”, ressaltou a PF.
Os policiais analisaram as câmeras de segurança do local, além de imagens do comício, e foi possível identificar o suposto carro usado na fuga e duas mulheres envolvidas nos atos. “Salienta-se ainda que todas as ações criminosas teriam como objetivo amedrontar alguns candidatos, bem como seus eleitores, interferindo diretamente no pleito eleitoral”, afirmou a corporação.
Outro investigado foi encontrado morto dois dias antes do cumprimento das ordens judiciais. Ele era apontado como o autor dos disparos no comício e era alvo de prisão preventiva. O corpo foi encontrado com diversos ferimentos causados por disparos na cidade de Itaara, na região central do Estado do Rio Grande do Sul. “A investigação indica que o homicídio foi motivado por provável queima de arquivo”, afirma a PF.