O comando da Polícia Militar do Maranhão informou que suspeita que os ataques a ônibus em São Luís neste sábado (20) tenham relação com a transferência de presos do Complexo Penitenciário de Pedrinhas e que as ordens para os crimes partiram de dentro das cadeias. Oito coletivos foram incendiados e toda a frota foi retirada de circulação no meio da tarde, por medida de segurança.
Segundo a PM, ao menos 14 pessoas foram detidas suspeitas de participação nos atentados. Eles estavam com drogas, armas e recipientes com gasolina. Sete ônibus e um micro-ônibus foram alvos dos criminosos. Ninguém ficou ferido. O Sindicato dos Rodoviários ainda irá se reunir para definir se os ônibus serão colocados de volta nas ruas amanhã.
Pedrinhas registrou uma série de fugas e mortes nos últimos dias. Uma nova unidade foi inaugurada para desafogar a superlotação nas cadeias do complexo, mas os presos se recusam a ser transferidos.
Essa não seria a primeira vez que um problema dentro do complexo penitenciário cruza os muros da unidade e espalha medo na região metropolitana da São Luís. Em janeiro deste ano, durante uma série de ataques a ônibus, uma menina de cinco anos morreu queimada, em um dos coletivos. Outras pessoas ficaram feridas, incluindo a mãe dela. Os crimes aconteceram após uma operação da Tropa de Choque em Pedrinhas.
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