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Polícia do AM acaba com festa em barco de luxo que já durava 5 dias

Havia cerca de 60 pessoas, entre brasileiros e estrangeiros com alto poder aquisitivo, a bordo; embarcação percorria rios da Amazônia

Cidades|Do R7

Polícia estourou balada de luxo em barco no AM
Polícia estourou balada de luxo em barco no AM

A Polícia Civil do Amazonas acabou, na noite de terça-feira (6), com uma festa clandestina a bordo de um barco de luxo que navegava pelo Rio Negro. O trajeto previa visitar comunidades tradicionais ribeirinhas e indígenas.

Chamada de "Amazon Imersion", a balada contava com a presença de cerca de 60 turistas, todos de classe média-alta e que desrespeitavam as regras de prevenção da covid-19.

O delegado Juan Valério, coordenador do Grupo Fera, informou que havia "estrangeiros das mais diversas nacionalidades, brasileiros também, pessoas de diversos cantos do país, de alto poder aquisitivo, com acesso à informação".

A celebração no barco Ana Beatriz 1 havia começado cinco dias antes, e os passageiros a bordo não usavam máscaras e não mantinham distanciamento social -- medidas essenciais para frear as infecções pelo novo coronavírus. Outras duas embarcações, chamadas Mano Zeca e Hélio Gabriel, acompanhavam o barco de luxo e dava suporte, mas não levavam passageiros.


"Eles estão desde o dia 2 de abril navegando, passaram por comunidades indígenas. Nós vemos muitos estrangeiros falando sobre a nova cepa aqui no Amazonas, está todo mundo criticando, quando na verdade nós sabemos da fragilidade dos nossos índios em contato com pessoas de fora, principalmente em uma situação dessas”, destacou o delegado.

De acordo com a política, todos os turistas foram parar na delegacia e estão sendo investigados pelo descumprimento de medidas sanitárias, crime previsto no artigo 268 do Código Penal. O diretor do DRCO (Departamento de Repressão ao Crime Organizado), Bruno Fraga, explicou que “boa parte deles é estrangeira" e veio "conhecer a Amazônia, mas em um contexto muito triste".


"Nós estamos batalhando, vidas estão sendo perdidas, a polícia está na rua para coibir esse tipo de coisa para que a gente passe rapidamente pela pandemia. Mas, infelizmente, algumas pessoas insistem em desobedecer”, ressaltou.

Fraga disse que os participantes da balada foram "conduzidos à delegacia", onde assinaram um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência). "Todos vão ser responsabilizados”, acrescentou.

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