Polícia prende suspeito de pedofilia que fez mais de 60 vítimas no DF
Emocionalmente fragilizados e constrangidos em revelar a situação a familiares e amigos, alguns adolescentes chegaram a cogitar suicídio
Cidades|Flávio Moraes, da Record TV em Brasília
Um homem, de 31 anos, suspeito de manter conversas pornográficas com adolescentes, foi preso por agentes da Seção de Atendimento à Mulher da 12ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal. A prisão ocorreu no interior do Maranhão na última segunda-feira (20).
Leia também: Mãe se passa pela filha para enganar pedófilo e denunciá-lo para a polícia
O suspeito passou a ser investigado após uma ocorrência registrada de um perfil em uma rede social, que mantinha conversas de cunho pornográfico com um adolescente de 13 anos, morador de Taguatinga, no Distrito Federal.
O homem mantinha dois perfis falsos no Instagram, de uma adolescente chamada Talita e de um jovem chamado Henrique. O suspeito entrava em contato com as vítimas, do sexo masculino, por meio do perfil feminino e as estimulava a se relacionarem virtualmente com ele.
Ao ganhar a confiança dos jovens, na faixa etária de 11 a 15 anos, as comunicações passavam a ser feitas via WhatsApp.
Com o passar do tempo, utilizando-se do perfil falso, o homem pedia fotos íntimas das vítimas. Ele também exigia que elas se comunicassem com o outro perfil, para o qual também deveriam enviar as imagens de nudez.
Leia também: Procurado há cinco anos por pedofilia é preso na zona sul de SP
O homem, que se comunicava com os meninos de forma quase ininterrupta, exigia que os arquivos contendo nudez e pornografia infanto-juvenil mostrassem os rostos das vítimas.
Durante as conversas, as exigências ficavam cada vez maiores e as vítimas não conseguiam mais negar os pedidos do autor, já que eram ameaçadas de terem as imagens expostas.
O homem também obrigava as vítimas a mandarem vídeos, seguindo as ordens explícitas dele. Em diversas oportunidades, exigia que elas introduzissem objetos no ânus ou se masturbassem.
Diante de qualquer negativa ou negociação por parte das vítimas, se tornava agressivo. Emocionalmente fragilizados e constrangidos em revelar a situação a familiares, alguns adolescentes chegaram a cogitar suicídio.
De acordo com a delegada responsável, muitas vítimas e familiares ainda não sabem sobre a investigação, mas todos os números identificados que estavam em contato com o suspeito serão contatados e chamados para prestar depoimento.
O homem responderá pelos crimes de estupro virtual e manutenção, armazenamento e troca de arquivos de pornografia infanto-juvenil.