Polícia quer traçar perfil psicológico de assassino da creche de SC
Ministério Público pediu a quebra do sigilo de dados do agressor que matou três bebês e duas professoras em Saudades (SC)
Cidades|Diego Antunes e Fabiane Paza, da Record TV
A Polícia Civil de Santa Catarina quer traçar um perfil psicológico do assassino que matou três bebês e duas professoras na creche Pro-Infância Aquerela, em Saudades (SC), na terça-feira (4). A polícia quer saber com quem ele se comunicava, quais páginas costumava acessar na internet, e como comprou a arma usada no ataque - uma lança do tipo ninja. O Ministério Público pediu a quebra do sigilo de dados do agressor de 18 anos.
Segundo testeminhas, após invadir a creche e assassinar a professora, a auxiliar de classe e três bebês, o agressor tentou entrar em todas as salas, mas as outras professoras conseguiram trancar as portas.
A Justiça aceitou o pedido do Ministério Público de Santa Catarina e determinou a prisão preventiva do assassino. O MP argumentou que a prisão preventiva é necessária para garantir a ordem pública, o andamento do processo criminal e a aplicação da lei.
O assassino está internado em estado grave e sedado, porque depois do ataque ele tentou tirar a própria vida. Mesmo ferido, ele foi preso em flagrante.
A professora Keli Adriane Aniecevski, 30 anos, a agente educacional Mirla Renner, de 20 anos, e os bebês Sarah Luiza Mahle Sehn, de 1 ano e 7 meses, Murilo Massing, de 1 ano e 9 meses e Anna Bela Fernandes de Barros, de 1 ano e 8 meses, foram assassinados pelo agressor.
Dor e tristeza
Nas ruas, aos poucos, a rotina do pequeno município de Saudades com pouco mais de 9 mil habitantes vai voltando ao normal. Enquanto as famílias ainda choram pelas vítimas, testemunhas importantes colaboram com a investigação.
A professora assistente Jussara Leite trabalha na creche Aquarela. Da sala onde estava, Jussara assistiu ao assassino atacando uma das colegas que mesmo caída continuava sendo golpeada
Ela, junto com outra professora, conseguiu manter a porta fechada para evitar a entrada do crimososo. Segundo a mulher, o agressor tentou invadir todas as salas para fazer novas vítimas.
"Nosso vidro dá acesso ao corredor. A gente viu que a Keli estava no chão se debatendo. Pensamos que tivesse tendo alguma convulsão, abrimos a porta e, quando a gente viu, tinha um homem golpeando ela", relatou Jussara.