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Policial que matou a família e tirou a própria vida não aceitava fim do casamento

Fabiano Garcia disse ainda que estava sofrendo com depressão, o que também teria influenciado nos crimes, segundo ele

Cidades|Do R7

Crime ocorreu entre a noite desta quinta-feira e a madrugada desta sexta-feira
Crime ocorreu entre a noite desta quinta-feira e a madrugada desta sexta-feira

O policial militar Fabiano Junior Garcia, que matou familiares e tirou a própria vida em Céu Azul e Toledo, no Paraná, cometeu o crime por não aceitar o fim de seu casamento, segundo um áudio que enviou no grupo da família.

“Família me desculpa. Me desculpa, mas eu não ia conseguir viver sem a Kassiele. Ela já não estava mais suportando o jeito que eu lidava com ela, não estava mais suportando se eu ia dar atenção pra ela ou não, e ela deixou a entender que ela não fazia questão de continuar comigo. Se é assim, como eu me dediquei toda a minha vida por ela e eu, dediquei de todo coração mesmo, eu desisti de pensar em qualquer outra pessoa, de pensar em pular a cerca, pra poder dar atenção, dar valor pra ela”, começou Garcia.

O agente disse também que estava sofrendo com uma depressão, que teria influenciado na decisão de assassinar seis familiares, entre eles a mãe, o irmão, a esposa e os filhos, e outras duas vítimas.

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“Eu entrei em um momento de depressão, entrei nesse maldito jogo, para mim como uma válvula de escape para a depressão e me distanciei dela. E ela se acostumou com isso. E daí agora ela disse que tanto faz, então se ela tanto faz, ela não quis mais ficar comigo, ela disse que provavelmente iria separar, não iria ficar comigo do jeito que eu sou, eu sou com as coisas do meu jeito, então se é assim, eu já estava querendo fazer isso mesmo”, prosseguiu.


Ele ainda se justificou alegando problemas financeiros: “Eu vivo financeiramente ‘f*’, alguém iria ter que arcar com as despesas de tudo lá. Então pra não deixar peso pra ninguém, eu fiz isso.”

Família foi morta a tiros pelo policial
Família foi morta a tiros pelo policial

Foram divulgados os nomes das vítimas do soldado:


Kassiele Moreira Mendes Garcia, esposa, de 28 anos

Miguel Augusto da Silva Garcia, filho, de 4 anos


Kamili Rafaela da Silva Garcia, filha, de 9 anos

Amanda Mendes Garcia, filha, de 12 anos

Irene Garcia, mãe, de 78 anos

Claudiomiro Garcia, irmão, de 50 anos

Kaio Felipe Siqueira da Silva, desconhecido do PM, 17 anos

Luiz Carlos Becker, desconhecido do PM, 19 anos

O caso

Fabiano Garcia matou pelo menos oito pessoas nas cidades, entre elas a própria mãe, a esposa, três filhos e um irmão, entre a noite desta quinta-feira (14) e a madrugada desta sexta-feira (15).

As primeiras iniciais são de que o PM fez plantão até as 19h, e, após deixar o batalhão, ele foi até Céu Azul, em uma propriedade rural, onde matou a tiros dois filhos, um menino de 4 anos e uma menina de 9.

No sítio, nenhuma outra pessoa foi ferida. Os corpos das duas crianças foram encaminhados ao IML (Instituto Médico Legal) de Cascavel.

O policial retornou a Toledo, onde matou a outra filha, do primeiro casamento, depois assassinou a mãe dele e um irmão, além de outras duas pessoas que estavam na via pública.

Em seguida, o agente foi para a casa onde morava, matou a esposa e cometeu suicídio dentro do próprio carro.

Em nota, a Polícia Militar lamentou o ocorrido e se disse consternada. "O policial militar que prestava serviços no 19º Batalhão em Toledo não tinha histórico de problemas psicológicos e atuava como motorista do coordenador do policiamento da unidade. Desde dezembro de 2020 a região conta com o programa Prumos, que disponibiliza atendimento psicológico aos militares", informou a corporação.

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