Logo R7.com
RecordPlus
Notícias R7 – Brasil, mundo, saúde, política, empregos e mais

Quase metade das famílias brasileiras é chefiada por mulheres, aponta IBGE

Percentual saltou de 22,2% em 2000 para 48,8% em 2022; maior escolaridade e inserção no mercado de trabalho estão entre fatores

Cidades|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília

  • Google News

LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Em 22 anos, a chefia feminina nas famílias brasileiras subiu de 22,2% para 48,8%, segundo o IBGE.
  • As mulheres superaram os homens na chefia de lares com cônjuge, indo de 19,5% para 55,8%.
  • Apesar da alta escolaridade e maior inserção no mercado de trabalho, a desigualdade de renda persiste, com muitas mulheres em faixas de renda baixa.
  • O aumento de famílias monoparentais femininas saltou de 15,3% para 17,3%, mantendo as mães como a maioria entre responsáveis por lares com filhos.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Aumento da chefia feminina aparece tanto em arranjos com cônjuge quanto sem cônjuge Marcelo Camargo/Agência Brasil

O número de mulheres responsáveis pela família aumentou no Brasil em 22 anos, segundo o Censo Demográfico 2022. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta quarta-feira (5) mostram que, em 2000, elas representavam 22,2% das famílias únicas e conviventes principais, e passaram para 48,8% em 2022.

O patamar atual quase alcança os homens, que passaram de 77,8% para 51,2% no mesmo período.


O aumento da chefia feminina aparece tanto em arranjos com cônjuge quanto sem cônjuge. Entre as famílias com presença de cônjuge, a parcela sob responsabilidade de uma mulher avançou de 19,5% em 2000 para 55,8% em 2022, ultrapassando a chefia masculina no grupo.

Já nos lares sem cônjuge, embora ainda predominem mulheres, houve redução. A proporção de responsáveis do sexo feminino caiu de 80,5% para 44,2% entre 2000 e 2022.


O IBGE aponta fatores estruturais para a mudança, como maior escolaridade e inserção da mulher no mercado de trabalho, além da queda da fecundidade.

Em 2000, 66,1% tinham até ensino fundamental incompleto; em 2022, esse percentual recuou para 34,7%, enquanto a fatia com ensino superior completo subiu de 6,3% para 17,4% no período.


Desigualdade de renda

O avanço da chefia feminina convive, porém, com desigualdade de renda. Entre as famílias únicas e conviventes principais, mais de metade tem rendimento per capita de até um salário mínimo — realidade que afeta tanto homens quanto mulheres, mas com maior concentração feminina em faixas mais baixas de renda.

Em lares formados por casais, 21,7% das responsáveis não têm rendimento, apesar de o cônjuge ter renda — situação oposta ocorre em 9,6% dos casos quando o responsável é homem.


Famílias monoparentais

A mudança nos arranjos familiares também se reflete no aumento das famílias monoparentais femininas. A proporção de mulheres sem cônjuge com filhos cresceu de 15,3% para 17,3% entre 2000 e 2022, enquanto as monoparentais masculinas passaram de 1,9% para 2,7%.

O Censo indica que mães solo continuam sendo maioria nesse tipo de composição, com predominância feminina entre os adultos responsáveis pelo lar com filhos.

Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da RECORD, no WhatsApp

Últimas


    Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.