Nordeste: recaatingamento busca regenerar semiárido e impulsionar economia verde
Projeto do Consórcio Nordeste quer recuperar áreas degradadas da caatinga e fortalecer comunidades locais
Cidades|Do R7, em Brasília
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O Nordeste aposta em um projeto ambiental de grandes proporções para regenerar áreas degradadas do semiárido e transformar o bioma da caatinga em referência mundial de bioeconomia e inovação sustentável: o recaatingamento.
O programa integra o Plano Nordeste de Transformação Ecológica e foi apresentado durante a COP30, em Belém (PA).
Mais do que um esforço de reflorestamento, o recaatingamento busca restaurar o equilíbrio ambiental e econômico do único bioma exclusivamente brasileiro.
A proposta combina ciência, tecnologia e conhecimentos tradicionais para promover recuperação ecológica, geração de renda e fortalecimento das comunidades locais.
“O recaatingamento não é só uma ação ambiental — é um projeto civilizatório. Ele une ciência, tradição e inovação para regenerar ecossistemas, gerar trabalho digno e garantir futuro próspero às próximas gerações”, diz trecho do documento do plano.
Um passo foi dado nesta quarta (12). Junto à apresentação houve o anúncio do acordo entre o BNDES e o Banco do Nordeste para que R$ 100 milhões fossem destinados ao Programa Floresta Viva. O projeto tem como objetivo o recaatingamento. O início está programado para Sergipe e Piauí, com posterior expansão a todo Nordeste.
Capacitação
O projeto inclui pagamento por serviços ambientais, incentivo a cooperativas e startups verdes, zonas de desenvolvimento sustentável e capacitação técnica para agricultores familiares.
Também prevê governança regional integrada, com envolvimento de governos estaduais, universidades, bancos públicos e organizações comunitárias.
O governador do Piauí e presidente do Consórcio Nordeste, Rafael Fonteles, destacou a necessidade de alinhar a bioeconomia à justiça climática.
“O ponto de partida é que o desenvolvimento verde precisa garantir direitos e oportunidades para quem cuida do território. O incentivo ao mercado verde não pode ser apenas uma abertura para o capital, mas uma estrutura de mercado com salvaguardas”, afirmou.
Agricultura familiar
Segundo Fonteles, o plano busca garantir repartição justa dos benefícios e proteção dos saberes tradicionais, priorizando a agricultura familiar, o papel das mulheres e dos jovens e o controle social sobre os resultados.
“O mercado verde só é sustentável se for também justo. Isso significa respeitar o ritmo das comunidades, garantir repartição de benefícios e manter o controle social sobre os resultados”, completou.
De acordo com especialistas envolvidos na elaboração do plano, o recaatingamento tem potencial para gerar empregos verdes, atrair investimentos internacionais e fortalecer o semiárido como modelo de economia regenerativa e convivência sustentável com o clima.
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