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Relatório pede mais precisão no monitoramento do aumento da temperatura global

Entidade pede que medições de temperatura sejam mais assertivas para ajudar a limitar o aumento global a 1,5 ºC

Cidades|Victoria Lacerda, do R7, em Brasília

Relatório internacional pede mais precisão no monitoramento do aumento da temperatura global
Aumento da temperatura global Fernando Frazão/Agência Brasil - Arquivo

Relatório internacional divulgado nesta semana pelo Grupo Consultivo para a Crise Climática revela que as medições de temperatura global de longo prazo não estão capturando adequadamente a crescente taxa de aquecimento do planeta. Especialistas alertam que essa falha oculta a verdadeira extensão dos riscos associados ao aumento contínuo das temperaturas, que já impacta comunidades vulneráveis e países, incluindo o Brasil.

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O documento foi lançado durante a Semana do Clima de Nova York, o maior evento global anual dedicado às mudanças climáticas. Ele faz parte de uma série de análises independentes realizadas pelo Grupo Consultivo para a Crise Climática, que reúne 16 especialistas de clima de dez países, incluindo o Brasil, com o objetivo de influenciar a tomada de decisões relacionadas à crise climática.

Os autores do relatório solicitam uma melhoria na precisão das medições de temperatura, com o intuito de limitar o aumento global das temperaturas a 1,5 ºC. Eles recomendam que as metas climáticas sejam ampliadas para incluir os níveis atmosféricos de gases de efeito estufa, que são indicadores cruciais das mudanças climáticas em “tempo real”.

A avaliação se concentra nos desafios enfrentados por Brasil, Gana, Estados Unidos e Índia durante a transição energética e a crise climática. No caso do Brasil, o relatório destaca que o país está fora da trajetória necessária para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa até 2030, principalmente devido ao desmatamento contínuo da Amazônia e a investimentos na produção de petróleo. Especialistas alertam que, sem uma ação rápida, o mundo corre o risco de perder um importante recurso contra a crise climática.


O relatório apresenta quatro recomendações para reverter a atual trajetória climática: promover equidade global por meio de financiamento, liderança e colaboração; desvincular o bem-estar do consumo de combustíveis fósseis; eliminar subsídios aos combustíveis fósseis; e proteger a biodiversidade e as comunidades indígenas, que são partes essenciais da resposta global às mudanças climáticas.

David King, líder do CCAG, afirma que a trajetória atual de aumento da temperatura global está empurrando a humanidade em direção ao desastre, mas destaca que ainda há tempo para evitar isso. “Um futuro seguro para a humanidade ainda está ao nosso alcance, mas apenas se todas as nações tomarem medidas urgentes.”

*Com informações da Agência Bori

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