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'Sempre fui honesto', diz homem agredido a pauladas acusado de furtar R$ 30 em loja de Salvador

Ministério Público do Trabalho da Bahia abriu inquérito para apurar denúncia de tortura. Polícia Civil investiga o caso

Cidades|Do R7

Funcionários de loja foram torturados com ferro e agredidos com pedaço de pau
Funcionários de loja foram torturados com ferro e agredidos com pedaço de pau Funcionários de loja foram torturados com ferro e agredidos com pedaço de pau

O trabalhador Marcos Silva, de 24 anos, foi agredido a pauladas em um estabelecimento em Salvador, capital da Bahia. Os atos de tortura e agressão teriam ocorrido por parte do proprietário e do gerente da loja. "Em um ano, nunca peguei nada dele. Sempre trabalhei certo, sempre fui honesto com ele", disse Marcos. "Por causa de R$ 30 não tinha necessidade de fazer aquilo. Se queria me botar pra fora, era só ele falar: 'Não quero mais, pode ir'." 

Um colega de trabalho de Marcos foi torturado com um pedaço de ferro quente. O funcionário Willian de Jesus, de 24 anos, teve as mãos queimadas pelo objeto. Nas imagens, é possível ouvir: "Bota 171 aí, ladrão".

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"Enquanto eles faziam aquilo, eu via no olhar deles a raiva, o prazer de me torturar, de me queimar, de me bater", disse Willian. "Estavam batendo com ódio, e eu só vi a morte", afirma ele, que teve as mãos marcadas com o número 171, em referência ao artigo do Código Penal que trata do crime de estelionato.

A violência teria ocorrido por parte dos responsáveis pelo comércio em que os jovens trabalhavam, sob a alegação de que eles teriam cometido furtos de mercadorias e pegado uma quantia de R$ 30 deixada de propósito em local que poderiam acessar. Willian nega ter praticado furto.

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De acordo com a Polícia Civil, os responsáveis poderão ser indiciados por crime de tortura e outros crimes também, a depender do rumo das investigações. "Podem ser imputadas outras condutas", disse um dos delegados. 

O Ministério Público do Trabalho da Bahia abriu inquérito para apurar a denúncia de tortura, e os dois suspeitos de praticá-la deverão ser ouvidos nos próximos dias. A polícia também investiga o caso.

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