Tatiane Spitzner sofreu fratura no pescoço, aponta laudo do MP
Ministério Público do Paraná tem até esta segunda-feira (6) para oferecer denúncia à Justiça contra Luís Felipe Manvailer, suspeito de matar a advogada
Cidades|Plínio Aguiar, do R7
O laudo apresentado pelo Ministério Público do Paraná apontou que a advogada Tatiane Spitzner sofreu ferimento no osso hioide, típico quando ocorre asfixia ou estrangulamento. O órgão tem até esta segunda-feira (6) para oferecer denúncia à Justiça contra Luís Felipe Manvailer, de 32 anos, suspeito de matar a advogada, em Guarapuava, neste mês.
O osso hioide está localizado na parte anterior ao pescoço, um pouco abaixo da mandíbula e à frente da porção cervical da coluna vertebral. Lesões causadas nessa região são comuns em enforcamento, estrangulamento e esganadura, como informou RicMais, parceiro da RecordTV no Paraná.
Nas imagens de segurança divulgadas na sexta-feira (3), é possível perceber que as agressões de Manvalier começaram antes de o casal entrar no apartamento, que ficava no centro da cidade. O primeiro vídeo mostra que ele teria desferido golpes contra a advogada na rua, dentro do carro. Em seguida, ela tenta fugir do estacionamento do prédio, mas sem sucesso. A última imagem é o homem limpando o elevador após ser suspeito de carregar o corpo da esposa após a queda.
Feminicídio
A Polícia Civil indiciou por feminicídio Manvailer no final da tarde da última terça-feira (31). Ele é o principal suspeito pela morte da advogada Tatiane Spitzner. Segundo Bruno Miranda Maciozek, delegado responsável pelo caso, ele é denunciado por homicídio qualificado por motivo torpe e uso de meio cruel que impossibilitou a defesa da vítima, além da condição do sexo feminino.
O inquérito policial já foi recebido pelo Ministério Público (MP-PR) e o prazo para que o órgão se decidir, se vai ou não oferecer denúncia pelo crime de feminicídio, termina no dia cinco de agosto. O que realmente aconteceu no apartamento do casal, no dia 22 de julho, às investigações devem comprovar. Manvailer continua preso preventivamente na Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG) por ser considerado o único suspeito da morte da esposa. Ele nega à polícia que tenha jogado a esposa da sacada.