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Tornado que atingiu o Paraná é reclassificado para categoria mais severa

Desastre devastou a cidade e causou a morte de sete pessoas em Rio Bonito do Iguaçu

Cidades|José Maria Tomazela, do Estadão Conteúdo

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • O tornado em Rio Bonito do Iguaçu, ocorrido em 7 de novembro, foi reclassificado como F4 na escala Fujita.
  • Com ventos superiores a 330 km/h, o desastre causou a morte de sete pessoas e deixou 773 feridas.
  • O estudo revelou que este evento foi um dos mais severos registrados no Paraná nas últimas três décadas.
  • Uma supercélula gerou três tornados na região, afetando diversas cidades com trajetórias de até 270 km.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Rio Bonito do Iguaçu, a cidade mais afetada, ainda está sendo reconstruída Reprodução/Record News

O tornado que atingiu a cidade paranaense de Rio Bonito do Iguaçu, no dia 7 de novembro, foi mais severo do que mostraram os estudos iniciais.

Após concluir as pesquisas sobre os impactos, o Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná) reclassificou o evento para F4 na escala Fujita.


Com essa mesma potência, o tornado atingiu também Guarapuava, na mesma região, segundo o estudo.

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O desastre ambiental, com ventos de mais de 330 km/h, devastou a cidade e causou a morte de sete pessoas, deixando ainda outras 773 feridas. Passados quase 20 dias, Rio Bonito ainda está sendo reconstruída.


O laudo técnico com mais de 130 páginas reuniu análises de meteorologia, sensoriamento remoto, geointeligência e avaliação em campo para concluir que o tornado em Rio Bonito do Iguaçu e Guarapuava foi mesmo um F4.

Já o que atingiu o município de Turvo permaneceu como F2: a escala vai de F0 a F5, do mais fraco ao mais intenso.


O relatório aponta que este foi um dos maiores eventos do tipo no Paraná nas três últimas décadas, devido à quantidade de tornados, número de pessoas afetadas e nível de destruição. Imagens de satélite mostram que o material em suspensão trazido pelo tornado mudou a cor da água na represa do Rio Iguaçu, tornando-a turva.

Segundo o Simepar, o ramo frio de um ciclone extratropical que se formou no sul do Brasil favoreceu tempestades intensas no Paraná. Parte dessas nuvens ganhou rotação e evoluiu para supercélulas que geraram os três tornados registrados na região.


A primeira super célula gerou dois tornados. O primeiro passou por oito municípios, começando em Quedas do Iguaçu como F1 e alcançando F4 em Rio Bonito do Iguaçu.

Essa supercélula produziu também o segundo tornado que atingiu Candói como F2, e Guarapuava, no distrito de Entre Rios, já como F4.

No total, esse sistema percorreu 270 km com velocidade média de 80 km/h. A segunda supercélula percorreu cerca de 230 km e gerou o terceiro tornado, que passou por Turvo e foi classificado como F2.

O tornado 1 teve trajetória de 75 km e área de impacto de cerca de 12 mil e 400 hectares. A largura variou entre 750 metros e 3 2 mil m.

Já o tornado 2 percorreu 44 km, com área de impacto estimada em 2,3 mil hectares e largura entre 500 e pouco mais de mil metros. O tornado 3 teve percurso de 12 km e área de 750 hectares.

Tornados F1 têm ventos entre 110 e 180 km/h; F2 variam de 180 km/h a 253 km/h; F3 chegam a pouco mais de 330 km por hora; e F4 podem alcançar 418 km por hora.

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