Um suspeito foi preso após onda de ataques em Fortaleza
Outros três já foram identificados. Polícia desconfia que ataques estariam ligados a morte de membros de uma facção criminosa
Cidades|Pedro Pannunzio, do R7* e Agência Estado
Um suspeito de articular os ataques que tiveram inicío na última sexta-feira (27) em Fortaleza, no Ceará, foi preso. O homem, de 19 anos, tinha passagens por porte ilegal de arma de fogo e ligação com organização criminosa.
Outros três suspeitos foram identificados, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Ceará.
Ao menos onze ônibus e dez prédios públicos foram alvos de ataques incendiários, entre a noite de sexta-feira (27) e a noite deste sábado (28). Segundo a Polícia, a suspeita é de que a onda de violência esteja relacionada à morte de integrantes de uma facção criminosa em Amontada, norte do Ceará, no dia anterior.
PM contabiliza 60 ataques a ônibus em 29 cidades de Minas Gerais
Os coletivos foram atingidos nos bairros de Sapiranga, Conjunto Alvorada, Parque São José, Parque Dois Irmãos, Bela Vista, Bom Jardim, em Fortaleza, e também em Parque Estrela, no município de Horizonte, na região metropolitana. Outros três ataques foram frustrados, segundo a polícia. Ninguém ficou ferido.
Suspeitos atacaram, ainda, as agências da Caixa Econômica Federal e dos Correios, ambas na Avenida Francisco Sá. Também foram alvo de atentados o imóvel da Secretaria Municipal de Segurança Cidadã e da Secretaria Executiva Regional IV, além de unidades do Departamento Estadual de Trânsito, no São Gerardo, Maraponga e Passaré.
Mais um ônibus é queimado em BH e Minas já registra 70 ataques
Os últimos casos aconteceram contra o distrito policial do bairro João XXIII e a sede da Autarquia de Trânsito de Caucaia. Outros dois ônibus foram incendiados no bairro Passaré.
A Draco (Delegacia de Combate às Ações Criminosas Organizadas), responsável por investigar as ações, suspeita que a série aconteceu em represália à morte de três assaltantes de bancos e carros fortes na última quinta-feira (26).
Segundo as investigações, Francinei Nobre da Silva, o Gangão, José Silvio dos Santos Vieira, o Silvério, e Adriano Martins da Silva, o Macumbeiro, morreram em confronto com policiais. Eles respondiam na Justiça por mais de 30 assaltos.
*Estagiário do R7, sob supervisão de Karla Dunder