Uma em cada três brasileiras já sofreu violência física ou sexual, aponta pesquisa
Pelo menos 50 mil mulheres sofrem agressão física ou verbal todos os dias no país, totalizando quase 20 milhões no fim do ano
Cidades|Do R7

Cerca de 50 mil mulheres sofrem violência todos os dias no Brasil. São milhares de mulheres que sofrem com agressões físicas e psicológicas, seja através do uso de armas de fogo e facas ou com xingamentos e ameaças. Existem, ainda, aquelas que não conseguem sair do ambiente de brutalidade e sofrem durante toda a vida.
A pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgada no início de março, revelou também que uma a cada três mulheres já sofreu algum tipo de violência cometida pelo parceiro em algum momento da vida. Dentro da análise, estão as agressões físicas e sexuais.
A apresentadora de televisão Melissa Paula faz parte dessa estatística. Segundo ela, a violência doméstica começou durante a adolescência, quando se casou: “Por muitos anos tive que conviver com a dor de ser violentada por alguém com quem dividia a vida. Hoje, essa situação não existe mais. Porém, até que esse dia chegasse, ocorreram muitos episódios traumáticos”.
Segundo Melissa, a violência começa, na maioria das vezes de forma verbal, mexendo com a cabeça das mulheres. “Convivi com ofensas e abusos psicológicos, até que a violência se tornou física. Fui ameaçada com armas brancas e agredida por arma de fogo.”
A apresentadora conta que hoje superou os traumas sofridos e agora encoraja as mulheres que também tentam sair desse tipo de situação. “A família e os amigos são pilares no auxílio das mulheres que sofrem com algum tipo de violência e é nosso papel, enquanto sociedade, tentar ajudá-las”.
Superação após a violência
Neste mês, foi sancionada a lei que obriga que as delegacias de atendimento à mulher funcionem durante 24 horas. A iniciativa busca diminuir o número de vítimas que acabam não denunciando os casos de agressão devido à falta de locais para denúncia e por falta de proteção e auxílio. Com a mudança, a expectativa é que a violência praticada contra pessoas do sexo feminino diminua.
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Melissa Paula diz que essa mudança é fundamental para que as mulheres consigam superar esses episódios traumáticos.
“Assim como eu passei por essa fase difícil e reinventei minha vida longe de quem me violentou, é possível que mais mulheres saiam dessa situação. Para isso, é preciso aprender a fazer com que a vida seja mais leve e buscar ajuda sempre que possível, seja das autoridades, seja de uma rede de apoio próxima. O importante é ‘dar a volta por cima’ e viver da melhor maneira possível, mesmo com as cicatrizes da vida.”
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Suzane von Richthofen, solta na quarta-feira (11), após a Justiça determinar a progressão de sua sentença para o regime aberto, cumpria pena na penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier, em Tremembé, no interior de São Paulo. No local, estão ou esti...
Suzane von Richthofen, solta na quarta-feira (11), após a Justiça determinar a progressão de sua sentença para o regime aberto, cumpria pena na penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier, em Tremembé, no interior de São Paulo. No local, estão ou estiveram outras mulheres condenadas ou que esperam julgamento em casos de assassinato que ganharam notoriedade. Entre os nomes estão Elize Matsunaga, Anna Carolina Jatobá, Ana Flávia Martins Gonçalves e Carina Ramos de Abreu