Vídeo: Cão farejador ajuda PF a encontrar fuzil em carro usado por foragidos de Mossoró
Arma estava em fundo falso de veículo utilizado na fuga por Rogério Mendonça e Deibson Nascimento
Cidades|Do R7, em Brasília
Um cão farejador ajudou a Polícia Federal neste sábado (6) a encontrar um fuzil dentro do carro usado pelos detentos que haviam fugido da penitenciária federal de Mossoró (RN). A arma estava em um fundo falso do veículo. Além disso, a corporação apreendeu dois carregadores e 55 munições. Na quinta-feira (4), Rogério Mendonça, 35 anos, e Deibson Nascimento, 33 anos, foram encontrados em Marabá (PA), 50 dias após escaparem do presídio.
A operação de recaptura dos fugitivos gerou um custo de R$ 6 milhões para os cofres públicos, contando com uma megaestrutura que envolveu ao menos 500 agentes de diversas forças de segurança, incluindo policiais militares, civis, federais e rodoviários federais.
Ao anunciar as recapturas, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que os fugitivos voltarão para a Penitenciária de Mossoró e que o presídio teve os equipamentos de segurança reformulados.
Durante a operação para encontrar os detentos, as buscas foram concentradas nas cidades de Mossoró e Baraúna, localizadas na região onde está o presídio e que fazem divisa com o Ceará.
Em diversas ocasiões, os fugitivos invadiram residências e até mesmo mantiveram uma família como refém. Na ocasião, eles ficaram na casa da família por cerca de quatro horas, pediram comida e roubaram um celular. Em seguida, teriam deixado o local.
A investigação da Polícia Federal também revelou que uma facção criminosa esteve diretamente envolvida no auxílio à fuga dos fugitivos, chegando ao ponto de pagar R$ 5 mil ao proprietário de um sítio para que ele permitisse que os criminosos se escondessem na propriedade, no município de Baraúna.
Ajuda vinda do Rio de Janeiro
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, disse nesta sexta-feira (5) ao Jornal da Record que o dinheiro enviado para ajudar os detentos de Mossoró a fugir saiu do Rio de Janeiro. Segundo Rodrigues, eles contaram também com apoio logístico.
"A investigação já apontou financiamento que veio, não da região, mas do Rio de Janeiro, por exemplo. São dados protegidos por sigilo bancário, que fazem parte da investigação, que não posso entrar no detalhamento do responsável de onde partiu exatamente essa transferência", afirmou.
Rodrigues afirmou que o apoio logístico dado aos fugitivos possibilitou que eles ficassem foragidos por tanto tempo e se deslocarem por cerca de 1.600 quilômetros.
"Havia moradias que foram utilizadas pelos fugitivos, havia veículos, vestimentas, alimentação, embarcação para ser utilizada do Ceará até o Pará, enfim, toda a estrutura necessária para [eles] ficarem escondidos durante um tempo para fazerem os deslocamentos, inclusive o deslocamento que a nossa atividade investigativa apontou que teria como destino o exterior", destacou.