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A cultura de inovação ganha força nas grandes empresas

Corporações investem em tecnologia, estrutura e envolvem seus funcionários  em programas criativos

Economia|Karla Dunder, do R7

Inovação representa mudança no conceito e na cultura da empresas
Inovação representa mudança no conceito e na cultura da empresas

Inovação é a palavra da vez no universo corporativo. Mais que um jargão ou uma moda, representa uma mudança de atitude na cultura das empresas. Aquele momento em que conceitos, valores e missão são revistos, além, claro, da tecnologia.

“Na verdade, a inovação sempre existiu, o que ocorre agora é que as empresas perceberam a sua importância e estão colocando em prática”, explica o professor da FEA-USP, Moacir de Miranda Oliveira Júnior.

Para que a inovação de fato surja nas empresas é preciso que haja planejamento e estratégias, que sistemas sejam desenvolvidos e que pessoas reconheçam a inovação como um valor. “Empresas tradicionais, focadas em commodities, estão preocupadas sempre em reduzir custos para ter uma margem maior. Uma empresa que inova busca melhorar o seu produto, investe em novos mercados para conseguir uma margem maior. ”

E como envolver pessoas nesse processo? “Há duas décadas, por exemplo, a IBM decidiu que 50% de sua receita viria de produtos lançado nos últimos 5 anos, ou seja, estimulou seus funcionários a produzirem coisas novas todos os anos. ”


Para o professor, as empresas conseguem inovar quando envolvem seus colaboradores. A Roche Farma Brasil criou um novo modelo batizado de Roche Experience, que tem como objetivo estimular o protagonismo na carreira e no trabalho.

“Criamos vários tipos de programas de desenvolvimento com foco no aprendizado e sempre com aplicação prática”, diz a diretora de recursos humanos, Denise Horato. Nesse modelo, as pessoas foram convidadas a sair da empresa.


Os colaboradores tiveram a oportunidade de conhecer outros segmentos completamente diferentes do ramo que atuam. “Fomos até a Sala São Paulo para acompanhar uma apresentação da Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo). Ali pudemos conferir um trabalho de alta performance e de disciplina. Depois, fomos assistir a uma apresentação de uma banda de jazz, vimos como improvisam, como compartilham a liderança dentro do palco. ”

No programa, ainda, estavam previstas visitas ao Cubo do Itaú, a RedBull Station e o aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. Após as atividades, todos foram convidados a compartilhar suas experiências para entender qual o significado daquilo para a organização. Para os estagiários, a plataforma ganhou o formato de game, mais interativo.


“Reunimos profissionais de áreas diferentes da empresa, assim como de diferentes níveis e cada um trouxe sua vivência, o seu olhar”, diz Denise. A plataforma, que não era obrigatória, contou com 80% de adesão dos funcionários e já rendeu frutos. “Um aplicativo foi desenvolvido no qual cada um compartilha suas qualidades, divide conhecimentos e, de forma colaborativa, um pode ajudar o outro. ”

A plataforma também ousou ao abrir espaço para a tentativa e erro. “O mais fácil seria repetir um modelo. Arriscamos, as pessoas poderiam não ter gostado. Tivemos coragem para lançar um programa, podendo errar e também aprender com esses erros. Acredito que uma vez picados pelo mosquito da inovação, nunca mais conseguimos parar.”

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