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A nova mania do Vale do Silício: criação de pintinhos e frangos

Animais têm direito a chef particular e fraldas. Galinheiro high-tech, com portas automáticas e câmeras, pode custar US$ 20 mil

Economia|Karla Dunder, do R7

Pintinhos são a nova moda e símbolo de status no Vale do Silício
Pintinhos são a nova moda e símbolo de status no Vale do Silício

A criação de pintinhos, galinhas e frangos é a nova moda entre os executivos do Vale do Silício. Reportagem do jornal americano Washington Post, publicada na semana passada, mostra o exemplo de John Land, que trabalha com tecnologia de ponta no Vale do Silício.

Land é gerente de produtos da Waymo, uma empresa ligada ao Google, e o seu trabalho é desenvolver carros autônomos, sem motoristas. Quando não está grudado em frente a um computador, o executivo costuma degustar uma taça de vinho ao lado da mulher e dos filhos, apreciando a vista de seu jardim com 13 frangos e 3 ovelhas.

“É fascinante sentar e observar os animais, porque, ao invés de olhar para uma tela, você está olhando para o ciclo da vida”, disse Land. “É muito diferente do trabalho abstrato que eu faço”.

Em áreas rurais e para trabalhadores, criar essas aves é uma forma de ter ovos frescos de forma econômica. Mas na baía do São Francisco, área que concentra o maior número de empresas de tecnologia, criar as aves é moda. Um jeito que encontraram de se conectar com a natureza.


Moda essa que tem um custo de milhares de dólares. Para se ter ideia, para comprar um galinheiro high-tech, com portas automáticas e câmeras, pode custar US$ 20 mil. Enquanto os americanos gastam US$ 15 por um frango, os executivos do Vale do Silício chegam a pagar US$ 350 por uma ave.

Também é possível acompanhar a rotina das aves por meio de câmeras. Os celulares são ferramentas utilizadas para controlar a iluminação, temperatura e ventilação do galinheiro. Um sistema detecta e alerta sobre a presença de possíveis predadores. 


E as extravagâncias não param por aí: os pintinhos e frangos do Vale do Silício são considerados como membros da família e recebem tratamento especial, “com amor”. Os animais podem ser vistos andando pelas casas, até mesmo andando sobre as camas, e usando fraldas.

Outra regalia que as aves têm é a presença de um chef particular. As refeições são preparadas com alimentos integrais, frutas orgânicas e até mesmo salmão está no cardápio.

Para a criadora de aves Leslie Citroen, a alimentação dos animais é prioridade porque os animais poderão ser consumidos no futuro. Mas, na opinião dela, a obsessão pelas aves, que só cresce na baía do São Francisco, tem um motivo: “virou um símbolo de status”.

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