Economia Abate de frangos e suínos atinge recorde no 1º trimestre, diz IBGE

Abate de frangos e suínos atinge recorde no 1º trimestre, diz IBGE

Corte de bovinos teve resultado inferior ao do 4º tri de 2022, baixa já esperada pelo maior consumo de carnes no período de festas

  • Economia | Do R7

Brasil abateu 1,6 bi de cabeças de frangos no 1º tri

Brasil abateu 1,6 bi de cabeças de frangos no 1º tri

Danish Siddiqui/Reuters - Arquivo

O Brasil atingiu o recorde de 1,6 bilhão de cabeças de frangos abatidas no primeiro trimestre de 2023, o maior volume desde 1997, de acordo com dados apresentados nesta terça-feira (6) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O recorde do número de cabeças de frango abatidas corresponde a um aumento de 4,9% em relação ao mesmo período de 2022 e de 2,3% na comparação com os últimos três meses do ano passado.

Os números mostram também que o abate de 14,16 milhões de cabeças de suínos foi recorde para um primeiro trimestre, com alta de 3,2% em relação ao mesmo período de 2022 e de 1,2% na comparação com o último trimestre de 2022.

Bovinos

O abate de bovinos, por sua vez, chegou a 7,34 milhões de cabeças entre os meses de janeiro e março, número 4,8% maior em relação ao mesmo período do ano anterior, mas 2,7% inferior em comparação com o último trimestre de 2022.

O supervisor da pesquisa, Bernardo Viscardi, afirma que a queda no abate de bovinos é esperada devido a efeitos sazonais. “O último trimestre é o ponto mais alto do ano com aumento do consumo de carnes devido às festas e aumento de renda com o décimo terceiro", explica ele.

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Viscardi relaciona o resultado também às despesas tradicionais de início de ano, que afetam o bolso das famílias. "A queda no início do ano também é relacionada à redução do consumo interno devido a despesas extras como IPTU, IPVA e material escolar", destaca.

"Apesar disso o consumo no primeiro trimestre foi superior ao de igual período do ano passado. Outro fator foi o embargo da China afetando a exportação brasileira que, ainda assim, foi a segunda maior da série histórica iniciada em 1997 para um primeiro trimestre”, completa Viscardi.

Aquisição de leite

Após produções recordes em 2020 e 2021, o leite apresenta quedas desde o ano passado. No primeiro trimestre de 2023, a aquisição de 5,88 bilhões de litros de leite cru feita pelos estabelecimentos sob algum tipo de inspeção sanitária representou uma redução de 1,2% em relação ao mesmo período do ano passado, e decréscimo de 6,9% em comparação com o trimestre imediatamente anterior.

“As quedas foram relacionadas à elevação dos custos, que não estavam compensando para os produtores manterem uma alta produção nos últimos períodos, além de intempéries climáticas devido ao fenômeno La Ninã. No 1º trimestre de 2023 houve uma melhoria do preço pago ao produtor, mas o efeito na produção não é imediato”, afirma o supervisor da pesquisa.

Foram 71,36 milhões de litros de leite a menos captados em nível nacional, por causa de reduções registradas em 15 das 26 UFs participantes da Pesquisa Trimestral do Leite. A variação negativa mais significativa ocorreu em Minas Gerais (-80,82 milhões de litros). Apesar da queda, o estado continuou liderando o ranking de aquisição de leite, com 24,4% da captação nacional.

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