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Ações da Eletrobras rendem o dobro do FGTS quatro meses após privatização

Vendidos por R$ 42 na oferta pública realizada há quatro meses, papéis da empresa eram negociados acima de R$ 45,50 no último fechamento da Bolsa

Economia|Do R7

Uso do FGTS ajudou a financiar privatização da Eletrobras
Uso do FGTS ajudou a financiar privatização da Eletrobras

Passados exatos quatro meses da oferta de ações que resultou na privatização da Eletrobras (ELET3), as ações da empresa listadas no Ibovespa, principal índice acionário do Brasil, saltaram mais de 8,4%.

O processo que resultou na privatização da companhia movimentou cerca de R$ 33,7 bilhões e fixou em R$ 42 o preço de cada ação da maior companhia de energia elétrica da América Latina.

Na última sexta-feira (7), os papéis da empresa eram negociados na faixa de R$ 45,50, valor 8,4% acima do preço inicial cobrado na efetivação da venda da companhia. Em meados de agosto, as ações flertaram com os R$ 50, mas sofreram forte desaceleração até voltar para a cotação na casa dos R$ 42 ao fim do mês de setembro.

Para quem fez uso dos recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para comprar ações da Eletrobras, o ganho no período de quatro meses já supera o dobro da rentabilidade anual de 3% das contas do fundo.


Cabe ressaltar, no entanto, que o valor ainda pode oscilar negativamente nos próximos meses, e o período mínimo de manutenção da aplicação do dinheiro do FGTS é de um ano, sem a possibilidade de ser devolvido para as contas do Fundo até junho de 2023.

A busca pelo uso do fundo para comprar os papéis da companhia contou com a adesão de 350 mil trabalhadores. Com a alta procura, o teto definido para a utilização dos recursos, de R$ 6 bilhões, foi superado em 50%, o que fez com que apenas 66,8% do valor indicado para a aplicação fosse efetivamente direcionado para a compra das ações.

A privatização da Eletrobras movimentou R$ 33,7 bilhões e representa uma das maiores ofertas de ações em todo o mundo em 2022. Na Bolsa nacional, a operação é a principal desde a capitalização da Petrobras, em 2012, que movimentou R$ 100 bilhões.

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