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Agência de risco ainda não vê deterioração institucional no Brasil

Diretor-geral da Moody's avalia que crise entre os Poderes não muda percepção em relação ao risco de crédito do País

Economia|Do R7

Moody's vê instituições fortes no Brasil
Moody's vê instituições fortes no Brasil

O diretor-geral da Moody's no Brasil, Carlos Prates, afirmou que a agência de classificação de risco não considera que há deterioração institucional no País dentro da lógica de atribuição da nota do Brasil ou da capacidade de pagamento do governo.

"A gente ainda não está num ponto em que pode dizer que essa deterioração está acontecendo", disse, durante participação em painel no evento Finanças Mais, organizado pelo jornal O Estado de S.Paulo e pela Austin Rating.

Segundo ele, as manifestações do presidente da República, Jair Bolsonaro, geram ruído no momento pré-eleitoral sem mudar a percepção com relação ao risco de crédito do País. Ele afirmou que a percepção é de que as instituições do Brasil - e, em especial, o Poder Judiciário - são fortes.

O executivo afirmou ainda que a agência não considera nenhuma probabilidade de que não haja eleições presidenciais no País em 2022. "Isso é um cenário muito extremo, acho que a gente estaria caminhando para um cenário no qual a nota (de crédito) nem faz mais sentido, seja qual for", afirmou. "Definitivamente, isso é algo que poderia afetar a nota do Brasil, da América do Sul, dos emergentes de uma maneira geral, mas a gente não trabalha com esse cenário em nenhuma hipótese."


No mesmo evento, o economista para o Brasil do Barclays, Roberto Secemski, disse ser difícil estimar o impacto da crise hídrica no PIB (Produto Interno Bruto), mas que uma redução entre 0,5% e 1% já seria suficiente para um "Pibinho" em 2022, com crescimento na casa de 1%. "Muito em função não só da restrição hídrica, mas da consequência sobre a confiança. O preço de energia afeta todos os setores, principalmente a indústria", afirmou.

Outro participante do evento, o economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato, pondera que há uma possibilidade de alta no PIB do próximo ano, associada a uma diminuição dos riscos fiscais internos.

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