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Agropecuária comanda avanço das exportações do Brasil

Comportamento dos preços das commodities não limitou a trajetória de ascensão no volume exportado do setor, mostra FGV

Economia|Do R7

Soja representa 20,2% das exportações em 2023
Soja representa 20,2% das exportações em 2023

Os recentes saldos positivos da balança comercial brasileira, com superávit de US$ 45,1 bilhões no primeiro semestre de 2023, foi impulsionado pelo avanço da agropecuária, mostram dados revelados nesta quinta-feira (20) pelo Icomex (Indicador de Comércio Exterior), da FGV (Fundação Getulio Vargas).

A comparação das variações mensais do volume exportado mostra um aumento de 29,4% da agropecuária, 13,3% da indústria extrativa e queda de 2,9% na indústria de transformação. Os preços recuam para todos os setores, e o único setor com variação positiva, no valor, é a agropecuária (+5,5%).

Na comparação semestral, os preços caem em todos os setores e o volume aumenta na agropecuária (+16,8%), na extrativa (+20%) e fica estagnado na transformação. Novamente, apenas o setor agropecuário registrou variação positiva em valor.

"O comportamento cíclico dos preços das commodities não limitou a trajetória de ascensão no volume exportado da agropecuária, em especial, e da extrativa ao longo dos últimos anos", conclui o Icomex.


"Esse resultado indica que o avanço da agropecuária brasileira no comércio mundial é um fato estrutural e reflete a produtividade do setor. No entanto, é importante estimular a diversificação não só da agropecuária, mas de produtos de outros setores", analisa o estudo.

No semestre, as participações dos principais produtos exportados foram de 20,2% (soja em grão), 11,3% (petróleo bruto), 8,2% (minério de ferro), 3,7% (farelo de soja), 3,2% (óleos combustíveis) e 3,2% (acúcar e melaços). Esses 6 produtos explicaram 49,8% das exportações brasileiras.


Na comparação mensal, o saldo de 2023 foi superior em US$ 1,6 bilhão ao de junho de 2022. Na comparação dos primeiros semestres, o saldo de 2023 foi US$ 10,8 bilhões maior do que o de 2022.

A melhora do superávit foi obtida com um recuo maior nas importações (-18,2%) do que nas exportações (-8,5%), na base mensal, e com a queda nas importações (-7,1%) e um pequeno aumento nas exportações (+1%), na comparação semestral.

Na comparação interanual de junho de 2022 e 2023, os preços das commodities recuaram 18,4% e o volume aumentou 10,3%. No acumulado do ano até junho, os preços caíram 7,2% e o volume cresceu 9,1%. Essa mesma comparação entre 2021 e 2022 registrou os seguintes resultados.

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