Antes da volta de impostos, gasolina chega a R$ 5,08 nos postos
Segundo a ANP, combustível teve leve alta de 0,20%, na semana anterior à reoneração, que passa a vigorar nesta quarta-feira
Economia|Do R7
Antes mesmo da volta dos impostos federais, o preço médio da gasolina teve uma leve alta de 0,20%, nos postos do país, passando de R$ 5,07 para R$ 5,08. Enquanto o etanol registrou uma pequena queda, de 0,26%, de R$ 3,80 para R$ 3,79. A informação é do levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), realizado entre os dias 19 e 25 de fevereiro, mas divulgado nesta terça-feira (28).
Os dois combustíveis terão a volta da combrança de alíquotas de PIS e Cofins a partir desta quarta-feira (1º). O governo federal anunciou nesta terça-feira (28) a reoneração de R$ 0,47, na gasolina, e de R$ 0,02, no etanol.
Já o diesel e o gás de cozinha continuam sem a cobrança de impostos até dezembro deste ano. O litro do diesel S10 (com menor teor de enxofre) foi comercializado na última semana, em média, a R$ 6,05, ante os R$ 6,10 registrados uma semana antes, queda de 0,82%. É o terceiro recuo consecutivo do combustível, e o menor valor desde março de 2021, antes do impacto provocado pela guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
A Petrobras anunciou também nesta terça-feira redução do preço médio de venda do litro da gasolina e do diesel para as distribuidoras. A partir desta quarta-feira (1º), o litro da gasolina passará de R$ 3,31 para R$ 3,18, redução de R$ 0,13. Já o litro do diesel vai passar de R$ 4,10 para R$ 4,02, que corresponde a uma redução de R$ 0,08.
Em 1º de janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) editou uma MP para prorrogar a desoneração completa de PIS e Cofins sobre os combustíveis. A medida foi adotada inicialmente por seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL), em 2022, na tentativa de conter a escalada de preços nas bombas em pleno ano eleitoral.
O fim da desoneração sobre gasolina e etanol ameniza o impacto sobre as contas públicas, recuperando a arrecadação do governo em R$ 28,9 bilhões neste ano, segundo cálculos divulgados por Haddad em anúncio de pacote para mitigar o rombo nas contas em 2023.
Só no mês de janeiro, a concessão do benefício para todos os combustíveis drenou R$ 3,75 bilhões dos cofres federais, segundo dados da Receita.