Antes de reajuste, gasolina sobe nos postos 1,6% e diesel, 3,7%
Segundo levantamento da ANP, o preço médio do litro da gasolina teve alta de 1,6% na última semana e o do diesel, de 3,7%
Economia|Do R7
Antes do reajuste da Petrobras, o preço médio do litro da gasolina nos postos de combustíveis no país subiu pela segunda semana consecutiva, de acordo com os dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis). O valor aumentou 1,6%, de R$ 6,577 para R$ 6,683, nesta última semana. Já o do diesel subiu 3,7%, de R$ 5,603 para R$ 5,814, quarta semana seguida de alta.
Nesta sexta-feira (11), começou a vigorar o aumento da gasolina e do diesel nas refinarias da Petrobras. Foi o segundo aumento do ano, desde 12 de janeiro. O litro da gasolina passou de R$ 3,25 para R$ 3,86, reajuste de 18%, e o do diesel, de R$ 3,61 para R$ 4,51 (25%). O impacto nos preços ao consumidor será, em média, de R$ 0,44 na gasolina e de R$ 0,81 no diesel.
O preço médio nacional do litro da gasolina deverá passar de R$ 7 pela primeira vez na história. Já o valor médio do diesel deve ficar em torno de R$ 6,40 por litro.
O gás de cozinha, o GLP (gás liquefeito de petróleo), também teve o primeiro reajuste nas distribuidoras após 152 dias. O preço médio de venda para as distribuidoras passou de R$ 3,86 para R$ 4,48 por quilo, um reajuste de 16,1%.
O preço médio final do botijão de 13 kg tem se mantido estável em R$ 102, pelas últimas semanas. Com o reajuste da Petrobras, poderá passar para cerca de R$ 110.
Desde o início da crise provocada pela pandemia, o preço médio da gasolina nos postos de combustíveis já variou 45%. O valor médio cobrado por litro era de R$ 4,550 em fevereiro de 2020. Já no mesmo mês deste ano o preço chegou a R$ 6,600, segundo dados da ANP.
Com a nova escalada da inflação neste ano, o governo busca uma solução. O Congresso Nacional aprovou nesta quinta-feira (10) o projeto de lei que altera a forma de cobrança do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) nas operações que envolvem combustíveis, o que deve baixar o valor de venda dos produtos derivados de petróleo.
Segundo o texto, a alíquota do ICMS na comercialização de gasolina, etanol, diesel, biodiesel, gás de cozinha, derivado de gás natural e querosene de aviação será cobrada sobre o valor fixo por litro, e não pelo preço do produto.