Apesar de deflação em julho, diesel teve alta de 4,59%, diz CNT
Enquanto combustíveis como gasolina, etanol e gás natural veicular tiveram queda no mês passado, diesel ficou mais caro
Economia|Do R7, em Brasília
A inflação do diesel avançou 4,59% em julho, de acordo com levantamento publicado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) nesta quinta-feira (11). Na comparação com outros combustíveis, que em média tiveram queda de 14,15%, o diesel foi o único a fechar o mês passado em alta. O desempenho do insumo contrastou, ainda, com o resultado do IPCA, índice que mede a inflação oficial no país, que caiu 0,68%.
Segundo a CNT, por mais que no mês passado tenha entrado em vigor uma lei sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro que definiu um teto de 17% a 18% para a cobrança do ICMS em operações envolvendo combustíveis, essa medida não contribuiu para que o preço do diesel baixasse visto que o insumo já contava com uma alíquota menor do imposto.
A alta do diesel registrada em julho foi superior à que foi constatada em junho, quando o combustível subiu 3,82%. Com o resultado do mês passado, a inflação do diesel já marca 61,98% em 12 meses, o maior valor da série iniciada em dezembro de 2020, de acordo com a CNT.
"Reitera-se a importância da redução do preço do diesel no Brasil, principal insumo utilizado no transporte nacional. Isso devido tanto ao seu efeito direto no IPCA [inflação oficial do país] quanto para a queda no custo e, consequentemente, do preço final de outros itens, como os alimentos, o que se reflete positivamente no combate à inflação", destacou a entidade.
As reduções dos preços dos combustíveis (de 14,15%) foram um dos fatores que contribuíram para que, em julho, o Brasil registrasse uma deflação de 0,68%. No mês, os preços da gasolina caíram 15,48% e os do etanol, 11,38%. A gasolina, individualmente, contribuiu com o impacto negativo mais intenso entre os 377 subitens que compõem o IPCA. Além disso, foi registrada queda no preço do gás veicular (5,67%).