Após Pix, BC planeja lançar o real digital em 2024; conheça o Drex
A data de lançamento ainda não foi definida, mas a nova ferramenta deve começar a operar até o fim do ano que vem
Economia|Johnny Negreiros, do R7*
Depois do Pix, o Drex deve ser a próxima grande criação do BC (Banco Central). A data de lançamento ainda não foi definida, mas o real digital está tem implementação prevista para o fim de 2024.
A moeda virtual oficial já está sendo desenvolvida. Os testes irão até maio do próximo ano, segundo o cronograma da autarquia.
O Drex será a “representação digital” do real. “É uma representação digital do real, [da moeda] da vida física. Então, essa representação digital, por definição, já tem paridade com o real”, afirma Marcelo Bentivoglio, diretor-executivo financeiro da empresa de tecnologia bancária Qi Tech.
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O Banco Central informou que cada real valerá 1 Drex. Isso é a paridade a que Bentivoglio se refere. Portanto, ele não será algo como “a criptomoeda”, como o bitcoin, do Brasil.
Essa é a grande diferença entre o futuro Drex e as criptomoedas. O principal intuito e diferencial do bitcoin, usando-se o mesmo exemplo, é justamente ter uma emissão descentralizada. Ou seja, não há nenhuma instituição que controlará esse meio de pagamento.
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“O que o Banco Central fez aqui com o Drex não foi o lançamento de uma nova moeda. Esse é o ponto central da discussão. O que difere esse sistema do Banco Central de uma cripto é que uma cripto nada mais é do que uma nova moeda”, explica Marcelo Bentivoglio.
Origem do nome
Para a autarquia, assim como o Pix, “o nome Drex vem da combinação de letras em uma palavra com som forte e moderno”.
“As letras ‘d’ e ‘r’ fazem referência ao Real Digital, o ‘e’ vem de eletrônico, e o ‘x’ traz a ideia de conexão, associada à tecnologia utilizada”, explica o BC.
Novo adiamento é possível
Além de não ter data definida, o lançamento do Drex pode atrasar. Isso porque o fim dos testes já foi adiado de fevereiro para maio de 2024.
Questionado pelo R7 em que estágio estão os testes e se a data de implementação estava mantida, o Banco Central despistou e se limitou a enviar informações já divulgadas, sem confirmação.
*Sob a supervisão de Ana Vinhas