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Após queda em fevereiro, juros do cartão voltam a subir em março

Em média, bancos cobraram 334,9% ao ano no mês passado no rotativo, fazendo com que dívida cresça 4 vezes em 12 meses

Economia|Do R7

Taxas de juros do cartão de crédito e do cheque especial são as mais caras do mercado
Taxas de juros do cartão de crédito e do cheque especial são as mais caras do mercado

Depois do leve recuo em fevereiro, a taxa de juros do cartão de crédito voltou a subir, chegando a 334,9% ao ano no mês de março. A alta foi de 8 pontos percentuais. Já a taxa do cheque especial desacelerou e custava 121% ao ano no mesmo período. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (29) pelo Banco Central.

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Esses percentuais são as médias de juros cobrados pelos bancos dos clientes que tomam dinheiro emprestado nas duas modalidades, as mais caras do mercado.

No caso do cartão de crédito, uma dívida de R$ 1.000 tomada em março de 2021 vai se tornar, de forma hipotética, em um saldo devedor de R$ 4.349 com a taxa média praticada pelos bancos brasileiros. Portanto, a dívida vai mais do que quadruplicar em 12 meses.

Já no caso do cheque especial, a mesma dívida de R$ 1.000 vai saltar para R$ 2.210 dentro de um ano. Ou seja, o débito vai mais do que dobrar.


Mais barato

O crédito consignado, aquele que tem desconto na folha de pagamento do funcionário, é uma das linhas de empréstimo mais baratas do mercado e se apresenta como alternativa para o cheque especial e o cartão de crédito.

A taxa de juros nessa linha de crédito praticamente se manteve estável, na média, subindo de 18,8% para 18,9% ao ano na passagem de fevereiro para março, retornando, assim, à condição do primeiro mês do ano. É a melhor opção para quem precisa de dinheiro emprestado.


No mesmo exemplo da dívida hipotética de R$ 1.000, se feita no crédito consignado, passaria a custar R$ 1.189 depois de um ano.

Para servidores públicos, a taxa é ainda menor e atinge 16,3% no crédito consignado. Para os beneficiários do INSS, (aposentados e pensionistas) a taxa em março se manteve em 21,2%. E aos trabalhadores da iniciativa privada, o índice médio acelerou para 30,3% ao ano no mês passado ante os 29,9% de fevereiro.

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