Após redução da Petrobras, preço da gasolina cai pela 9ª semana nos postos do país
Mas o recuo foi de R$ 0,05, enquanto nas distribuidoras a diminuição chegou a R$ 0,12; o diesel subiu R$ 0,07, segundo a ANP
Economia|Do R7
Após redução autorizada pela Petrobras, o preço médio da gasolina registrou queda de R$ 0,05 nos postos do país. O valor é menor do que o esperado, já que a empresa diminuiu R$ 0,12 para as distribuidoras desde o último sábado (21).
Nos postos, o litro do combustível passou de R$ 5,74 para R$ 5,69, um recuo de 0,87%. Foi a nona semana seguida de baixa no valor.
A informação faz parte do levantamento realizado entre os dias 22 e 27 de outubro e divulgado nesta sexta-feira (27) pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
Para o diesel, a Petrobras autorizou aumento de R$ 0,25 nas distribuidoras. Com isso, o valor médio do diesel subiu 1,13% nos postos nesta última semana. O preço médio do litro do diesel S-10, o mais comercializado no país, passou de R$ 6,18 para R$ 6,25, R$ 0,07 a mais.
Já o preço médio do etanol teve queda de 1,1%, de R$ 3,61 para R$ 3,57.
O último reajuste autorizado pela Petrobras havia sido em 16 de agosto, com um aumento de 16,3% no preço médio da gasolina e de 25,8% no do diesel.
A gasolina chegou a atingir R$ 5,88, o maior valor desde julho de 2022. Depois, já caiu R$ 0,19 (3,2%).
Inflação
Na prévia da inflação oficial do Brasil, os combustíveis aparecem 0,44% mais baratos em outubro, com recuo no preço da gasolina (-0,56%), do etanol (-0,27%) e do gás veicular (-0,27%). Dentro do grupo, apenas o óleo diesel (1,55%) registrou alta.
Com isso, o índice desacelerou e avançou 0,21% em outubro, ante alta de 0,35% apurada no mês passado, mostram dados revelados nesta quinta-feira (26) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Com a variação, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15) agora acumula alta de 5,05% nos últimos 12 meses e continua acima do teto da meta perseguida pelo governo, de 4,75%. No ano, a variação da inflação é de 3,96%.
Os combustíveis sofrem pressão com a disparada do preço do petróleo no mercado internacional, agora com o conflito entre Israel e o Hamas, no Oriente Médio.
No caso do diesel, em setembro houve um retorno parcial de impostos federais sobre o produto. Agora em outubro, outra parte de PIS/Cofins voltaria a ser cobrada do combustível.
Mas a MP (medida provisória) que criou o programa de desconto na compra de veículos novos perdeu a validade, e, com isso, os tributos federais que incidiam sobre o óleo diesel voltaram a ficar zerados, o que pode baratear o valor do combustível na bomba.