Arrecadação do governo federal sobe 0,26% em setembro
Impostos e receitas geraram recursos de R$ 110,664 bilhões para o caixa do governo, no melhor resultado para um mês de setembro desde 2015
Economia|Do R7
A arrecadação do governo federal registrou alta real de 0,26% em setembro sobre igual período do ano passado, totalizando R$ 110,664 bilhões no mês, o menor ritmo crescimento mensal já apresentado no ano. Os dados foram divulgados pela Receita Federal nesta quarta-feira (24).
A arrecadação só ficou positiva em razão do avanço de 39,79% nas receitas administradas por outros órgãos em setembro, a R$ 2,49 bilhões, linha que é influenciada principalmente pela arrecadação com royalties do petróleo.
Enquanto isso, as receitas administradas pela Receita Federal, que compreendem os impostos recolhidos, tiveram um recuo real de 0,39%, a R$ 108,173 bilhões.
Mesmo assim, a arrecadação de setembro foi a mais forte para o mês desde 2015, quando somou R$ 110,728 bilhões, em dado corrigido pela inflação.
Explicações
Setembro foi marcado pela queda observada na arrecadação de vários impostos, com destaque para receita previdenciária, com recuo de 2,23% sobre um ano antes (-757 milhões de reais).
A contração de 14,04% em Imposto de Renda Retido na Fonte-Rendimentos de Capital representou um impacto de R$ 522 milhões a menos para o governo. Também houve diminuição de 60,1% na arrecadação com Cide-combustíveis (R$ 323 milhões a menos).
De janeiro a setembro, a expansão da arrecadação ainda mostra um ritmo mais vigoroso, com alta real de 6,21% sobre igual etapa de 2017.
Para 2018, a meta de déficit primário é de R$ 159 bilhões para o governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência) — ou seja, o governo foi autorizado pelo Congresso a registrar esse rombo nas contas públicas. Os membros da equipe econômica têm reiterado que cumprirão o objetivo com folga, contando para tanto com a melhora observada na arrecadação este ano.