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Atividade e emprego na construção recuam pelo 5º mês consecutivo

Desde dezembro, setor apresenta resultados negativos. Porém, houve alta da confiança e melhora nas expectativas, aponta CNI

Economia|Do R7

CNI: construção tem comportamento diferente das indústrias de transformação e extrativa
CNI: construção tem comportamento diferente das indústrias de transformação e extrativa

A Sondagem Indústria da Construção, da CNI (Confederação Nacional da Indústria), mostra que, pelo quinto mês consecutivo, o setor da construção apresenta resultado inferior a 50 pontos. O indicador varia de 0 a 100, tendo em 50 pontos uma linha de corte, que separa aumento e queda da atividade. Em abril, o indicador ficou em 46,5 pontos, um pouco acima dos 44,9 pontos registrados em maio.

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O gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, explica que a construção tem tido um comportamento diferente da indústria de transformação e da indústria extrativa. 

“Essas quedas podem ser explicadas por uma série de fatores, entre elas o preço dos insumos, que subiram muito nessa pandemia, além de um quadro de incertezas, que prejudicam o setor. Mesmo assim, observamos um aumento da confiança em relação aos próximos seis meses, indicando otimismo por parte dos empresários”, avalia Marcelo Azevedo.

Conforme a entidade, o índice de evolução do número de empregados foi de 46,1 pontos em abril de 2021, registrando queda do emprego em relação a março.


Outro destaque da pesquisa é que, assim como o nível de atividade, o emprego não apresentou aumento em 2021. Apesar disso, encontra-se dois pontos acima da sua média histórica, de 44,1 pontos. Na comparação com março, o nível de emprego de abril está 0,9 ponto superior.

Em abril, a UCO (Utilização da Capacidade Operacional) teve alta de dois pontos percentuais em relação a março, atingindo 63% de utilização. Esse patamar fica, também, dois pontos acima da sua média histórica de 61%. Trata-se do mês de abril de maior utilização da capacidade operacional desde 2014, pontua o estudo.


Cortes no Orçamento

No início do mês, o R7 mostrou que os cortes no Casa Verde e Amarela devem paralisar até obras praticamente prontas destinadas à população de baixa renda, além de impedir novos contratos em curto prazo, conforme atestam profissionais do setor de construção civil.

Segundo entidades ouvidas pela reportagem, a diminuição aprovada no Congresso Nacional reduziu em 98% os recursos do FAR (Fundo de Arrendamento Residencial), que subsidia habitações pela iniciativa privada às famílias de mais baixa renda do programa.

"Em vez de R$ 1,54 bilhão, ficaram somente R$ 27 milhões", relata o presidente do SindusCon-SP (Sindicato da Construção Civil do Estado de São Paulo), Odair Senra. De acordo com sindicalista, o chamado Grupo 1 do programa Casa Verde e Amarela, destinado a pessoas que ganham até R$ 2 mil (com taxa de juros a partir de 4,25% ao ano), é o mais afetado, mas não o único.

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