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Banco Central alerta sobre o golpe do saque do dinheiro esquecido

A instituição informa que não manda mensagens por aplicativo nem SMS e que o serviço de resgate ainda está suspenso

Economia|Do R7

Banco Central não tem previsão de liberar o serviço de dinheiro esquecido
Banco Central não tem previsão de liberar o serviço de dinheiro esquecido

O Banco Central (BC) fez um alerta sobre a tentativa de golpe que usa o serviço de saque do dinheiro esquecido. Criminosos estão enviando mensagens de WhatsApp ou SMS, passando-se pela instituição e oferecendo-se para resgatar dinheiro do SVR (Sistema de Valores a Receber).

O BC informa que não envia mensagem por aplicativo de conversa nem por SMS sobre os valores a receber. Além disso, as consultas ao SVR estão suspensas, e a segunda fase do programa ainda não tem previsão para começar.

Quem receber essas mensagens deve apagá-las e não clicar em nenhum link, que pode roubar os dados ou encaminhá-los para fraudes.

Interrompido desde abril do ano passado, o serviço ainda tem R$ 4,6 bilhões esquecidos em instituições financeiras para que sejam devolvidos. Desse total, R$ 3,6 bilhões estão destinados a 32 milhões de pessoas físicas, e R$ 1 bilhão, a 2 milhões de empresas.


"As consultas ao SVR estão temporariamente suspensas. O cronograma, a estimativa de valores e as demais informações sobre a nova etapa do SVR serão divulgados oportunamente, com a devida antecedência", afirma a instituição em nota.

Novidades

Segundo o Banco Central, novos dados recebidos das instituições financeiras serão processados e oferecidos aos correntistas assim que o SVR for reaberto. O órgão informou que também trabalha em melhorias no sistema, como a inclusão de novos tipos de valores e o saque por herdeiros e representantes legais de falecidos.


Assim que o sistema for reaberto, herdeiros, testamentários, inventariantes ou representantes legais da pessoa falecida poderão consultar a existência de valores esquecidos e receber instruções sobre como resgatar o dinheiro. Eles terão de aceitar um termo de responsabilidade antes de fazer a consulta.

A abertura do SVR a pessoas falecidas chegou a ser anunciada pelo BC no início do ano, mas foi paralisada por causa da greve no órgão, que durou de abril a julho.


Outra novidade será a adoção de uma fila de espera virtual para acessar o SVR. A ferramenta substituirá a lógica de acesso programado (com dia e hora definidos) que vigorou na primeira versão do sistema.

O que são os valores esquecidos?

O SVR (Sistema de Valores a Receber) mostra se você tem algum dinheiro a receber em bancos e em outras instituições. Na primeira fase do SVR, foi possível consultar valores de:

• contas-correntes ou de poupança encerradas, com saldo disponível;

• tarifas e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, desde que a devolução estivesse prevista em termo de compromisso assinado pelo banco com o BC;

• cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de crédito;

• recursos não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados.

O que o sistema não mostra

• Ajustes de planos econômicos;

• acordos ou valores sob disputa judicial;

• instituições financeiras ou administradoras de consórcios liquidadas ou encerradas;

valores de abono salarial (PIS ou Pasep);

• saldo em conta de FGTS;

• contas abertas que estão sem movimentação;

• contas sem identificação completa e que não foram recadastradas até dezembro de 1994.

Saiba mais em https://valoresareceber.bcb.gov.br.

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