Banco Central anuncia novos leilões de dólares nesta sexta; valores chegam a US$ 7 bilhões
Intervenções acontecem nas modalidades de linha, com compromisso de compra a partir de julho de 2025
Economia|Do R7, em Brasília
O Banco Central anunciou novos leilões de até US$ 7 bilhões nesta sexta-feira (20) para tentar conter a alta do câmbio. A autoridade monetária já vendeu US$ 20,8 bilhões em leilões à vista ou de linha. No primeiro caso, não se exige a recompra da moeda, enquanto o outro ocorre com um compromisso de recompra mais adiante e serve para uma intervenção pontual na moeda. O último caso não altera as reservas nacionais, já que os recursos serão repostos. Na data de hoje, o primeiro leilão será à vista, com o valor máximo de US$ 3 bilhões. Em seguida, o BC realiza dois leilões de linha, no valor total de US$ 4 bilhões. Às 8h47, a moeda americana valia R$ 6,15.
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As propostas do leilão A, da categoria linha, serão acolhidas das 10h20 às 10h25, com a data de recompra marcada para 2 de julho de 2025. Já no leilão B, os interessados devem enviar as propostas das 10h40 às 10h45, com a recompra prevista para 2 de outubro do próximo ano. Serão aceitos no máximo US$ 2 bilhões por oferta, e as operações serão liquidadas na terça-feira (24).
Maior intervenção desde 1999
Nessa quinta (19), o BC realizou o maior intervenção desde 1999, ano no qual o Brasil passou a adotar o regime de câmbio flutuante. Nesta modalidade, a compra e a venda de moedas funcionam sem o controle sistemático do governo. Ao todo, foram leiloados US$ 8 bilhões à vista em dois leilões. A moeda norte-americana fechou o dia em R$ 6,30.
Confira cronograma de leilões
- 12 de dezembro – dois leilões de linha, cada um de US$ 2 bilhões;
- 13 de dezembro – um leilão à vista de US$ 1 bilhão;
- 16 de dezembro – um leilão de linha de US$ 3 bilhões e um leilão à vista de US$ 1,6 bilhão;
- 17 de dezembro – dois leilões à vista; um de US$ 2,0 bilhões e outro de US$ 1,2 bilhão;
- 19 de dezembro – dois leilões à vista, um de US$ 3 bilhões e outro de US$ 5 bilhões.
‘Ataque especulativo’, diz futuro presidente do BC
O futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, que assume o comando da autarquia a partir de janeiro de 2025, afirmou nesta quinta-feira (19) que não vê um “ataque especulativo” contra o real neste momento. Em escalada, a moeda norte-americana alcançou novo recorde e atingiu a máxima de R$ 6,30, levando o BC a fazer duas intervenções no mercado de câmbio pela manhã.