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Banco Central corta 0,5 ponto percentual da Selic, e taxa fica em 11,25% ao ano

É a quinta queda desde agosto de 2023 e a menor taxa desde fevereiro de 2022; a Selic é o principal indicador de juros brasileiro

Economia|Emerson Fonseca Fraga, do R7, em Brasília

Diretoria do Banco Central reduziu taxa de juros
Diretoria do Banco Central reduziu taxa de juros Diretoria do Banco Central reduziu taxa de juros (Cládio Marques/Futura Press/Estadão Conteúdo — 6.5.2023)

O Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (31), por unanimidade, reduzir em 0,5 ponto percentual a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, que agora é de 11,25% ao ano. É o quinto corte seguido, acompanhando a sequência de quedas iniciada em agosto de 2023, corresponde às expectativas do mercado financeiro. O novo patamar da Selic é o menor desde fevereiro de 2022.

Em dezembro, diretores do órgão já haviam projetado reduções da taxa para os encontros seguintes. "Os membros do comitê concordaram, unanimemente, com a expectativa de cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões e avaliaram que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário", diz a ata.

A avaliação considerou que a taxa Selic é o principal instrumento da política monetária para determinar a inflação na economia brasileira. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e desestimulam novas opções de investimento.

A inflação no Brasil encerrou 2023 em 4,62%, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), medidor oficial. O valor é 0,13 pontos percentuais abaixo do teto da meta, que foi de 4,75%. Com a manutenção da queda do índice, a expectativa é de que a Selic continue em baixa.

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Diante da sequência de queda dos juros, o Comitê notou que houve "progresso desinflacionário relevante", mas observa que ainda vê com cautela o processo de devolver a inflação para o centro da meta de 3%, estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). A ata destaca a necessidade de manter uma política monetária cautelosa.

"Ainda há um caminho longo a percorrer para a ancoragem das expectativas e o retorno da inflação à meta, o que exige serenidade e moderação na condução da política monetária. [...] Além disso, a incerteza, em particular no cenário internacional, que tem se mostrado volátil, prescreve cautela", prevê o documento.

Histórico recente

De março de 2021 a agosto de 2022, o Banco Central elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de "aperto monetário" em resposta à alta dos preços de alimentos, energia e combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.

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