Banco não pode cobrar taxa de consignado do Auxílio Brasil, diz ministro
Empréstimo para os beneficiários do programa pode comprometer até 40% da renda, com juros de 3,5% ao mês
Economia|Da Agência Brasil
O ministro da Cidadania, Ronaldo Vieira Bento, disse nesta sexta-feira (30), em Brasília, que as instituições financeiras não podem cobrar nenhum tipo de taxa, seja administrativa, seja de abertura de crédito, de famílias que aderirem ao crédito consignado do Auxílio Brasil.
Em entrevista ao programa Repórter Brasil, da TV Brasil, ele destacou ainda que o teto de juros a ser praticado é de 3,5% ao mês.
“O empréstimo consignado veio para assessorar as famílias nesse momento de recuperação social que o país passa [no] pós-pandemia. Principalmente, para a troca de uma dívida muitas vezes cara por uma dívida com juros mais baratos. Essas famílias, que se encontram endividadas, às vezes pagando taxa de juros em cartão de crédito da ordem de até 20% ao mês, agora vão poder trocar essa dívida cara por uma dívida barata”, explicou.
Empréstimo
Outra possibilidade, segundo o ministro, é que as famílias que recebem o Auxílio Brasil e que optarem pelo empréstimo consignado utilizem o recurso para empreender, já que o programa agora permite que os beneficiários constituam, por exemplo, microempresa individual sem perder o benefício.
“A família consegue, com esse novo benefício do consignado, comprar um equipamento para continuar a sua produção. Muitos profissionais autônomos que, durante a pandemia, tiveram a sua renda prejudicada, muitas vezes chegando a zero e impedidas de ganhar o seu sustento, agora, com essa ferramenta do empréstimo consignado, vão conseguir retomar a sua atividade de trabalho”, argumentou.