Economia Banco UBS oferece US$ 1 bilhão para comprar Credit Suisse e evitar falência

Banco UBS oferece US$ 1 bilhão para comprar Credit Suisse e evitar falência

Governo suíço pretende mudar lei para apressar o negócio; valor proposto é de apenas 13% do que valiam as ações na sexta-feira

  • Economia | Do R7, com agências internacionais

Governo suíço deve mudar lei para apressar compra do Credit Suisse pelo UBS

Governo suíço deve mudar lei para apressar compra do Credit Suisse pelo UBS

Moritz Hager/Reuters

A crise enfrentada pelo banco Credit Suisse, o segundo maior da Suíça, ganhou um novo capítulo neste domingo (19), com o seu principal concorrente, o UBS, fazendo uma oferta de 1 bilhão de dólares (R$ 50,28 bilhões) para a compra da instituição, noticiou o jornal britânico Financial Times. 

O governo suíço corre contra o relógio para tentar atenuar a crise do Credit Suisse e evitar que o mercado abra a semana com mais turbulência, a exemplo do que aconteceu nos últimos dias. 

Para isso, autoridades regulatórias do país planejam até mesmo uma mudança legislativa para evitar o voto dos acionistas do UBS na transação, o que permitiria bater o martelo ainda hoje. 

A oferta feita pelo gigante UBS foi de 0,25 franco suíço por ação do Credit Suisse, apenas 13% do valor de fechamento de sexta-feira (17): 1,86 franco suíço. 

O UBS, todavia, exigiu do governo suíço algumas garantias para concretizar o negócio. 

Segundo a agência Bloomberg, o UBS exige que as autoridades públicas paguem custas judiciais e perdas potenciais, que podem chegar a bilhões de francos suíços.

Já a agência de notícias Reuters noticiou que o UBS demandou do governo garantias de 6 bilhões de dólares (R$ 31,68 bilhões) para cobrir possíveis custos legais e a liquidação de partes do Credit Suisse. 

A crise

Segundo maior banco suíço, o Credit Suisse já vinha apresentando resultados ruins nos últimos tempos. 

Na semana passada, clientes da instituição fizeram saques que superaram 10 bilhões de francos suíços (R$ 52,8 bilhões) por dia, agravando ainda mais um movimento que já vinha desde o fim de 2022, com 111 bilhões de francos suíços (R$ 586 bilhões) retirados. 

A quebra de dois bancos de médio porte nos Estados Unidos — SVB (Silicon Valley Bank) e Signature Bank — aumentou as incertezas de investidores. 

O temor de autoridades econômicas europeias e até mundiais é que a crise do Credit Suisse, um dos 30 maiores bancos do mundo, possa contaminar outros agentes financeiros em um curto período de tempo; por isso a pressa da Suíça em começar a semana com uma sinalização positiva. 

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