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BC injeta US$ 1 bi no mercado de câmbio e derruba dólar

A medida pegou de surpresa o mercado, que havia empurrado, poucos minutos antes das 15h, o dólar à vista acima de R$ 5,57 

Economia|

Sede do Banco Central, em Brasília
Sede do Banco Central, em Brasília Sede do Banco Central, em Brasília

O Banco Central despejou US$ 1 bilhão no mercado de câmbio por meio de uma venda-surpresa de contratos de swap cambial tradicional, provocando uma reviravolta na cotação do dólar, que despencou depois do anúncio do leilão e aprofundou as perdas após a divulgação do resultado.

O volume nesta quarta-feira (13) foi o dobro do injetado na última vez em que o BC recorreu a esse instrumento de forma extraordinária, em 30 de setembro.

O BC vendeu 20 mil contratos de swap cambial tradicional nesta quarta, pegando de surpresa um mercado que havia empurrado, poucos minutos antes das 15 horas, o dólar à vista acima de R$ 5,57 e o dólar futuro para perto de R$ 5,59.

O vencimento em 1º de fevereiro de 2022 abarcou 3.400 contratos, enquanto os 16.600 restantes foram negociados para 1º de junho de 2022.

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O anúncio do leilão de swap ocorreu num dia em que o real estava visível e negativamente descolado de seus pares. No pior momento do dia, o desempenho da moeda brasileira era o mais fraco numa curta lista de três divisas que caíam ante o dólar na sessão. Os demais 30 principais pares da moeda americana se valorizavam ou mostravam estabilidade.

Com o anúncio da oferta e a posterior divulgação de seu resultado, o dólar desabou e foi à mínima do dia, R$ 5,4997 (-0,70%). Na máxima, alcançada pouco antes do informe da operação de swaps, a divisa havia batido em R$ 5,5743 (+0,65%).

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O swap é um derivativo que permite a troca de taxas ou rentabilidade de ativos financeiros. No caso do swap cambial tradicional, o título paga ao comprador a variação da taxa de câmbio acrescida de uma taxa de juros (cupom cambial). Em troca, o BC recebe a variação da taxa Selic.

O objetivo do BC com esse instrumento é evitar movimentos disfuncionais do mercado de câmbio, provendo hedge cambial, proteção contra as variações excessivas do dólar em relação ao real, e liquidez aos negócios. A colocação de contratos de swap tradicional, portanto, funciona como uma injeção de dólares no mercado futuro.

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